Colorado iniciou a mobilização ainda no sábado, minutos após a derrota por 2 a 0 para o Galo A preparação do Inter para o reencontro com o Fluminense foi marcada por uma mobilização do vestiário às arquibancadas: treinos fechados, forte conversa interna, discurso de Coudet sobre o significado do momento e engajamento da torcida para uma festa histórica dentro e fora do Beira-Rio. A qualidade do adversário é reconhecida, mas há confiança no trabalho e no time de Libertadores.
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– É o maior jogo da minha vida. A expectativa é muito alta. Ansiedade é grande. Difícil dormir de noite. Fico pensando por tudo que passamos até chegar a esse momento. O coração pode falar alto, mas tem que ter cabeça no lugar para fazer um excelente jogo – destacou Mauricio.
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Em meio a uma temporada de altos e baixos, a Libertadores é um alento para o clube. Não à toa, o duelo da noite desta quarta-feira, às 21h30, no Gigante, foi definido como o jogo mais importante dos últimos oito anos. O revés para o Galo no último sábado nada afetou a confiança do grupo.
Coudet, aliás, reconheceu as dificuldades de focar no Brasileirão. Tanto que preservou todos os titulares. O Flu foi pauta no vestiário logo após o 2 a 0 sofrido. O argentino comandou uma forte conversa com os jogadores por mais de uma hora. Motivo: aglutinar forças para quarta.
– Cobrança natural como tem que ser. Vamos estar mobilizados de outra maneira. Já foi virada a chave para o jogo de quarta – disse o volante Gabriel na zona mista após a partida contra o Atlético.
Inter se mobiliza por vaga à final da Libertadores
Ricardo Duarte/Internacional
As virtudes do rival, jogadores e treinador são enaltecidos pelos colorados. Chacho adotou um discurso de valorizar o momento e foi cauteloso ao apontar o Fluminense como favorito e ao declarar que o Inter é o patinho feio entre semifinalistas. Ao mesmo tempo, nos bastidores do Beira-Rio, há confiança na classificação pelo trabalho do treinador e pelo que a equipe já apresentou no torneio.
O time de Libertadores gerou identificação e faz com que a massa vermelha sonhe com o tri. O favorito River Plate e e o Bolívar, com o fator altitude, foram superados. Não há mistério em relação à escalação: Rochet; Mallo, Vitão, Mercado e Renê; Johnny, Aránguiz, Mauricio e Wanderson; Alan Patrick e Valencia.
A estratégia, por outro lado, é cuidada com zelo. Coudet pouco permite que jornalistas observem os treinos. Desta vez, foi mais radical. De sábado a terça, todos os trabalhos foram completamente fechados.
O ge apurou que o treinador deu ênfase às atividades táticas, de bola parada e penalidades. Afinal, em caso de novo empate, a decisão da vaga irá para os pênaltis. Tudo para não dar armas a Fernando Diniz e tentar nos detalhes surpreender o badalado Fluminense.
Cinco jogadores do Inter tentam chegar a final pela segunda vez
A mobilização não se restringe ao vestiário. A torcida promete um espetáculo poucas vezes visto. Os colorados abriram uma vaquinha on-line, após a classificação às semis, e arrecadaram R$ 60 mil para sinalizadores e fogos de artifício — R$ 10 mil foram repassados para os atingidos pelas enchentes.
Torcida do Inter recebe ônibus
Bruno Ravazzolli
O torcedor promoverá a maior edição já registrada das Ruas de fogo, com o tradicional corredor vermelho que o ônibus percorrerá até ingressar no complexo. Dentro do estádio, um mosaico com os heróis das conquistas continentais será erguido. Há expectativa de quebra de recorde de público.
Tudo que estava ao alcance do Inter foi feito. Jogadores preparados, torcida mobilizada e ambiente hostil para o adversário. Só falta a bola rolar. Quem vencer, estará na final. A partir das 21h30, o Inter dará mais um passo rumo ao sonho do tricampeonato da América.
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