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Criança realiza o sonho de voar de helicóptero com os bombeiros em Maceió antes de perder a visão

G1 - com informações do G1

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Com informações do G1

27/09/2023 por Redação

Diagnosticado com hipóxia neonatal, Ryan Gabriel recebeu prazo dos médicos de ficar cego até o final deste ano. Família reúne esforços para formar memórias visuais na criança antes que isso aconteça. Sonho realizado: bombeiros de AL levam em voo de helicóptero criança que está ficando cega
Uma família de Maceió está empenhada em realizar os sonhos de um menino de 6 anos para que ela tenha a maior quantidade de memórias visuais possível antes que fique cego. Ryan Gabriel foi diagnosticado com hipóxia neonatal, uma condição provocada durante o parto que faz com que ele perca a visão gradativamente. A previsão dos médicos é de que ele deixe de enxergar totalmente até dezembro.
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Nesta segunda-feira (25), o pequeno Ryan comemorou a realização de um desses sonhos: voar de helicóptero com militares do Corpo de Bombeiros de Alagoas.
Foi a prima, Léticia, quem entrou em contato com o Corpo de Bombeiros e conseguiu a autorização para o passeio. Ryan foi recepcionado pelos militares, vestiu um fardamento da brigada de incêndio, aprendeu a manusear a mangueira e até andou em uma das viaturas. O dia foi finalizado em grande estilo, o sobrevoo de helicóptero.
Um dos maiores sonhos dele era esse, poder voar. E ele conseguiu, ele voou. Graças a Deus, graças a Letícia [a prima], graças a toda a equipe dos bombeiros de Alagoas que ele conseguiu fazer isso. Eu só tenho a agradecer, comemorou o pai de Ryan, Elisson Campina.
A corporação fica muito feliz em poder participar de um momento como esse. Fizemos questão de ele vestir a nossa farda, vestir o nosso capacete, andar na nossa viatura e tripular a nossa aeronave para que ele tenha essa certeza de não está sozinho nessa batalha, que o Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas também está com ele, disse o sargento Rodolfo Marcelo.
O diagnóstico e a preparação para o futuro
Ryan é um garoto cheio de vida e com um sorriso largo no rosto. Os pais dizem que ele está vivo graças a um milagre. Antes de nascer, o menino ficou por três dias na barriga da mãe após a bolsa estourar, o que resultou na atrofia no nervo óptico. Depois de um ano de idade, os médicos identificaram o problema. Hoje ele tem apenas 20% da visão.
Os médicos falaram que já não tem mais o que fazer por ele, que a ciência não tem mais o que fazer. E que nos restava guardar memórias com ele, para que ele se recorde do pouco que tem. Existe um tratamento, mas é feito na Índia e ainda está em fase experimental. As chances são mínimas. Os médicos deram até dezembro [para a perda total da visão], mas pode acontecer a qualquer momento, explicou Letícia Carvalho, prima de Ryan.
Ryan Gabriel realizou um dos sonhos: voar de helicóptero e ser bombeiro por um dia
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Os pais contam que procuram manter uma rotina como a de qualquer outra criança na idade dele, porém, com todas as atividades escolares voltadas para a deficiência visual. Uma vez por semana, ele estuda braile. Eles contam que Ryan tem limitações, mas procuram adaptar o dia a dia de todos em casa.
[O diagnóstico] Foi um grande choque para todos nós e sofremos bastante com a notícia. Ainda estamos passando pelo processo de aceitação. O que a gente pode fazer para ele é guardar memória, como o médico disse, a gente está fazendo de tudo, disse o pai, Elisson.
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E, se depender do esforço dos pais, essas memórias visuais ainda serão muitas. Entre elas está ainda visitar um zoológico e brincar em um parque de diversões nunca visitado por eles antes. A família está se programando para realizar todos esses sonhos antes da perda total da visão.
A gente vai levar ele em um parque de diversões, que ele nunca foi, vamos subir em uma montanha russa, ir até um zoológico, coisas novas para ele. Ver animais novos, insetos novos... a gente tem que mostrar tudo a ele, para ele guardar memória, disse Elisson.
Ao ser perguntado se Ryan sabe e tem noção do que está acontecendo, Elisson respondeu que, em parte, ele sabe.
Na Bienal do Livro [em Maceió], ele pediu pra comprar um livro para ele. Aí o rapaz perguntou se ele já sabia ler. Ele respondeu que não, mas pode ser que eu não venha aprender porque eu posso perder a visão. Então, tem certas coisas que ele já sabe, sim, e outras coisas, a gente segura para contar depois, lá no futuro, disse o pai.
Militares deixaram Ryan a vontade para garantir boas memórias
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