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No Japão, pole e domínio de Max Verstappen: F1 de volta ao normal

globoesporte.com - com informações do G1

Rastro101
Com informações do G1

23/09/2023 por Redação

Holandês aniquila concorrência na classificação em Suzuka e volta a largar na frente após 3 GPs Nove poles em 16 GPs até agora na temporada 2023. O domínio de Max Verstappen nas classificações neste ano é tão absurdo que parece até algo fora da realidade informar que o holandês da RBR já estava há três GPs sem largar na frente na Fórmula 1. Pois é, este jejum acabou neste sábado. Com um desempenho impressionante no circuito de Suzuka, o holandês marcou 1m28s877 em sua melhor volta no Q3, a última parte da classificação, e assegurou a posição de honra para o GP do Japão, que será disputado na madrugada deste domingo. Mas se esta é a nona pole do ano do atual bicampeão da categoria, por que ela foi tão impressionante assim?
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Max Verstappen acelera para marcar a pole position no GP do Japão, no circuito de Suzuka
Clive Rose/Getty Images
Além da natureza do circuito de Suzuka, talvez o mais técnico da Fórmula 1 atual, o domínio de Max Verstappen sobre os adversários foi enorme. Para se ter uma ideia, a margem do tempo da pole em relação ao do segundo colocado do grid, exatos 581 milésimos, foi a maior desde 2003, quando Rubens Barrichello, da Ferrari, superou Juan Pablo Montoya, da Williams, por 0s699. Ou seja, há 20 anos não se registrava uma vantagem tão grande em uma classificação para um GP do Japão em Suzuka. E passamos por vários domínios desde então: o da própria Ferrari de Michael Schumacher , o da RBR de Sebastian Vettel e o da Mercedes de Lewis Hamilton. Isso ajuda a ilustrar o quanto Verstappen e o RB19 projetado por Adrian Newey estão sobrando na temporada 2023 da F1.
Em uma temporada amplamente dominada por Verstappen e pela RBR, a classificação em Suzuka era extremamente esperada. Principalmente após a enorme decepção causada pelo resultado ruim no GP de Singapura, que coincidiu com a nova diretiva técnica adotada pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA), aumentando a rigidez dos testes de flexibilidade de asas, difusor e assoalho. O fim de semana no Japão prova que o percalço na corrida noturna foi causado pelas condições atípicas do circuito de rua, não pelos novas medidas da FIA. A RBR segue sobrando na turma, sobrando com Max Verstappen.
Max Verstappen cumprimenta Oscar Piastri, segundo do grid, após a classificação para o GP do Japão
Mark Thompson/Getty Images
Se na liderança da classificação não houve sustos, na briga pela segunda força também não. As características do circuito de Suzuka, com algumas curvas que lembram Silverstone, faziam acreditar que a McLaren poderia vir muito forte para este fim de semana no Japão. Não deu outra. Os dois carros da equipe tiveram um ótimo desempenho desde o primeiro treino livre e confirmaram as expectativas na definição do grid de largada. Contudo, com uma pequena surpresa: o australiano Oscar Piastri superou o companheiro Lando Norris por 35 milésimos, assegurando o segundo lugar e uma vaga na primeira fila pela primeira vez na carreira. O inglês larga em terceiro. Um resultado excepcional para a equipe laranja.
Após duas grandes corridas na Itália e em Singapura, a Ferrari voltou ao seu normal neste fim de semana. Muito longe de ter um carro competitivo para lutar pela pole position, a equipe italiana teve de se contentar com o quarto lugar de Charles Leclerc - a quase sete décimos de Verstappen - e com o sexto de Carlos Sainz - a quase um segundo da pole. Para a corrida, com o desgaste de pneus, ponto fraco do SF-23, a situação promete ser ainda pior. Mas nada se compara com o drama de Sergio Pérez, apenas o quinto do grid, quatro posições atrás e 0s773 pior que Verstappen na classificação. O desempenho ruim aumenta cada vez a pressão sobre o mexicano da RBR a cada dia, que não consegue sequer andar perto do companheiro nos treinos e nas corridas após um bom início de temporada. Oficialmente, Pérez está confirmado para 2024, mas vale lembrar que a segunda vaga da RBR é extremamente cobiçada na F1.
Oscar Piastri acelera para marcar o segundo tempo na classificação para o GP do Japão em Suzuka
Mark Thompson/Getty Images
Outra equipe que está sofrendo com o desempenho do carro neste fim de semana em Suzuka é a Mercedes. As características do circuito têm punido demais o W14, que não tem feito frente para os carros de RBR, McLaren e Ferrari. Lewis Hamilton foi apenas o sétimo, 1s031 atrás de Verstappen, e George Russell o oitavo, com uma desvantagem de 1s342. Pior do que a equipe alemã apenas a Aston Martin, que suou para avançar ao Q3 com Fernando Alonso e só conseguiu o décimo lugar; e viu Lance Stroll ser eliminado ainda no Q1 por um detalhe, na 17ª posição. A equipe inglesa, que começou o ano como segunda força destacada, segue em sua decadência desenfreada na temporada 2023.
Outro bom destaque foi o desempenho da dupla da AlphaTauri, com Yuki Tsunoda em nono e Liam Lawson em 11º. A equipe italiana, aliás, confirmou a dupla de pilotos para 2024, com o japonês e Daniel Ricciardo. O neozelandês, que estreou no meio da temporada para substituir o australiano lesionado no treino livre do GP da Holanda, foi anunciado como reserva da RBR e da AlphaTauri no próximo ano após impressionar com o bom desempenho nas corridas em que participou nesta temporada. E pelo lado negativo na classificação, Logan Sargeant bateu mais uma vez, desta vez no Q1, provocando uma bandeira vermelha. Ainda sem vaga garantida no próximo ano e muito pressionado pelo bom desempenho do companheiro de Williams, o tailandês Alexander Albon, o americano vai largar em último na corrida deste domingo em Suzuka.
Lewis Hamilton vai largar na oitava posição com a Mercedes no GP do Japão, no circuito de Suzuka
Mark Thompson/Getty Images
Perfil Rafael Lopes
Editoria de Arte/GloboEsporte.com

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