Geral

Assembleia Legislativa de SP cria cartilha com regras de como os deputados devem se comportar

G1 - com informações do G1

Rastro101
Com informações do G1

21/09/2023 por Redação

Proposta tem como objetivo coibir casos de assédio e racismo na Casa. Documento é assinado por 25 deputadas, pelo Instituto do Legislativo Paulista e pela ONG SOS Racismo. Plenário da Alesp
Divulgação
A Assembleia Legislativa de São Paulo criou uma cartilha para definir regras de como os deputados devem se comportar na Casa.
O documento, de 70 páginas, é assinado por 25 deputadas estaduais, pelo Instituto do Legislativo Paulista e pela ONG SOS racismo. Ele será lançado na tarde desta quinta (21).
Iara bento, coordenadora da SOS Racismo, entende que a cartilha vai servir de instrumento para os deputados lidarem com uma Assembleia cada vez mais diversa.
A deputada Paula da Bancada feminista (PSOL), uma das que assina o texto, considera a medida um primeiro passo para coibir episódios de assédio e racismo.
A Cartilha comportamental da Alesp destaca que um abraço e um beijo no rosto não são vistos como um problema para uma parte das pessoas. Já para outras, podem soar como extremamente invasivos e ofensivos.
E ainda recomenda: Na dúvida, não abrace e não beije. Estenda a mão em um cumprimento cordial, que é um gesto simples, inofensivo e demonstra educação.
A cartilha ainda destaca os Comportamentos de natureza verbal e física que podem ser considerados assédio:
Piadas ofensivas, intimidadoras ou incômodas;
Observações humilhantes;
Xingamentos, apelidos ofensivos ou calúnias;
Imagens ou objetos ofensivos, incluindo imagens
Pornográficas;
Assédio moral;
Agressões físicas;
Ameaças;
Intimidação
O caso de maior repercussão envolvendo a Alesp é o da ex-deputada Isa Penna, hoje do PCdoB.
No dia 16 de dezembro de 2020, durante uma sessão, ela foi abordada e apalpada pelo ex-deputado Fernando Cury, na época do Cidadania. Cury foi expulso do partido e suspenso pela Alesp por seis meses.
Vídeo mostra deputado Fernando Cury passando a mão na deputada Isa Penna na Alesp
Mas o caso não foi o único.
Em 31 de março deste ano, a deputada Thainara Faria (PT) disse no plenário que sofreu racismo quando uma servidora da Alesp impediu a parlamentar de assinar o livro de presença dizendo que era só para deputados.
Deputada Thainara Faria afirma que foi vítima de racismo na Alesp
Outro episódio que repercutiu foi o do ex-parlamentar Arthur do Val - o mamãe falei, do União Brasil.
Em maio do ano passado, a Alesp cassou, por unanimidade, o mandato dele por ter dito que as mulheres ucranianas vítimas da guerra eram fáceis porque eram pobres.

Link curto:

TÓPICOS:
G1

COMPARTILHAR

PUBLICIDADE

MAIS NOTÍCIAS DO RASTRO101
menu