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Trisal volta a mostrar rotina na internet após ex-sargento sair da prisão; ex-militar teve pedido de voltar à PM negado

G1 - com informações do G1

Rastro101
Com informações do G1

18/09/2023 por Redação

Perfil ‘Três Amores”, com mais de 90 mil seguidores, estava desativado desde dezembro de 2021, um mês após ex-militar ser preso por atirar em jovem no AC. Trisal volta a mostrar rotina na internet após ex-sargento sair da prisão no Acre
Reprodução/Instagram
O trisal formado pelo ex-sargento da Polícia Militar Erisson Nery, a policial Alda Nery e a administradora Darlene Oliveira está de volta às redes sociais, após mais de um ano de ausência, que coincidiu com o período em que Nery ficou preso.
O ex-militar foi preso em novembro de 2021 por atirar no estudante Flávio Endres Ferreira durante uma briga em um bar de Epitaciolândia, no interior do Acre. Neste caso, ele responde por tentativa de homicídio qualificado por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e lesão corporal grave. Ele ainda responde criminalmente pela morte de um adolescente de 13 anos em 2017. Os dois processos contra Nery ainda não foram julgados.
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O perfil do trio no Instagram, “Três Amores”, que tem mais de 90 mil seguidores, estava desativado desde dezembro de 2021, um mês após o ex-militar ser preso por atirar no jovem no interior do Acre. Desde então, as duas mulheres compartilhavam suas vidas individualmente em seus perfis pessoais.
No entanto, desde junho deste ano, eles retomaram as postagens, com vídeos e fotos antigos, com mensagens nostálgicas, reflexões sobre o amor a três e postagens motivacionais.
Vídeo postado após ex-sargento ser solto de presídio no Acre
Com a recente saída de Nery da prisão, após ter a prisão preventiva revogada no último dia 24 de agosto, com uso de tornozeleira eletrônica, a página voltou a ser usada para compartilhar a rotina e jornada juntos. Vídeos motivacionais, momentos do cotidiano e até parcerias diretas com seguidores são postados pelo trisal.
Perfil ‘Três Amores”, com mais de 90 mil seguidores, estava desativado desde dezembro de 2021
Reprodução/Instagram
Novo pedido negado pela Justiça
Expulso dos quadros da Polícia Militar do Acre desde fevereiro deste ano, o ex-sargento teve um pedido liminar para ser reintegrado ao quadro da corporação negado pela 2º Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar de Rio Branco. A informação foi confirmada ao g1 nesta segunda-feira (18) pelo advogado de Nery, Matheus Moura.
A PM entendeu que o militar feriu a conduta ao atirar no estudante Flávio Endres durante uma briga em 2021 em uma casa noturna no interior do Acre. Além desse crime, Nery responde criminalmente pela morte de um adolescente de 13 anos em 2017. Os dois processos contra Nery ainda não foram julgados.
Conforme o advogado, a ação na Auditoria Militar pede a reforma de Nery, ou seja, a aposentadoria dele da PM-AC, alegando problemas psicológicos. No pedido, a defesa entrou com uma liminar para que, até a decisão final da ação, ele pudesse voltar ao quadro da corporação para seguir recebendo salário.
“Nós ingressamos com uma ação civil para reforma dele, haja vista a enfermidade que ele tem e o que foi indeferido foi a liminar, que seria no sentido de enquanto durasse esse processo, ele fosse reintegrado para receber salário. Agora, o processo segue normalmente e só ao final vai ser julgado de forma definitiva”, informou o advogado.
Alda Nery, Erisson Melo e Darlene Oliveira, firam conhecidos por assumir trisal em 2021
Daniel Cruz/Arquivo pessoal
Conhecido por trisal
A história de Nery teve grande repercussão em junho de 2021, quando ele assumiu viver um trisal ao lado da também policial militar Alda Nery e da administradora Darlene Oliveira.
“Como a gente gosta dela e ela gosta da gente, íamos sair e dizer que ela é o que nossa? Minha amiga, minha prima? E as pessoas viriam dar em cima dela, e a gente ia ficar com a cara mexendo? Então, se gostamos o suficiente para estar com ela, tem que gostar para assumir para a sociedade, porque ela nunca foi só sexo”, explicou Alda na época.
Cinco meses depois, o trisal estava no bar quando iniciou a briga, e o sargento acabou atirando no estudante. Na época, Nery chegou a falar que agrediu e atirou em Flávio Endres, porque ele tinha assediado Alda.
“O cara molestou minha esposa e ela foi tomar satisfação imediatamente. Mas, ele deu um murro na cara da Alda que ela caiu apagada e com a boca cortada. Aí, quando eu vi ela daquele jeito, fui atrás do cara. Lá fora entramos em luta corporal e eu atirei nele. Foram dois disparos, todos pegaram nele. Ele está estável e foi transferido para Rio Branco”, alegou na época.
Caso do estudante
O estudante levou ao menos quatro tiros e ficou com sequelas em uma das mãos. Após passar por uma cirurgia na região do abdômen e ficar nove dias internado no pronto-socorro de Rio Branco, o estudante recebeu alta no dia 7 de dezembro de 2021.
Em julho do ano passado, a Vara Única Criminal da Comarca de Epitaciolândia fez uma audiência de instrução e julgamento do PM após recebimento da denúncia.
A defesa de Nery entrou com pedido de análise de insanidade mental, mas o pedido foi negado em primeira e segunda instância.
Ainda segundo a Justiça, a defesa alega que o sargento agiu em legítima defesa e pede a desclassificação do homicídio qualificado para simples, sem as qualificadoras, e a retirada da acusação de porte ilegal de arma de fogo e lesão grave. O processo corre em segredo de Justiça. Em setembro de 2021, ele foi pronunciado a júri popular.
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