
Treinador gosta de ver um time que trabalha para recuperar a bola assim que perde e com os homens dos lados importantes na construção das jogadas Eduardo Coudet não completou nem dois meses de retorno ao Inter, mas já consegue ver as ideias que pretende executadas e decisivas no fim do jejum no Brasileiro. A vitória sobre o São Paulo mostrou que o grupo cumpre os pedidos do argentino e tem os laterais em crescimento. Bustos anotou os dois gols no ano com o técnico, enquanto Renê fez o seu primeiro pelo clube na última quarta.
Coudet dá liberdade para ambos e quer que o time se posicione à frente até para estar compacto na hora de voltar. Bustos e Renê surgem como expoentes deste conceito. O argentino é mais ofensivo, enquanto o lateral-esquerdo trabalha quase como defensor. Sem se furtar de ajudar na organização. As características de ambos para as tarefas ofensivas facilitam a aposta em um time mais à frente.
Quando detém a posse de bola, o técnico pede que os homens de lado subam para participar das jogadas e ser alternativas para furar os bloqueios. Na noite de quarta, Bustos e Renê aplicaram os conceitos e lideraram a retomada das vitórias no Brasileirão após 10 jogos.
Inter vira sobre o São Paulo e volta a vencer no Brasileirão
Bustos tem como principal atributo o apoio. Atua quase como um ponta direita quando o time está com a bola, com Mauricio por dentro para ajudar a articular. A liberdade se acentuou com Coudet e resultou em dois gols nos jogos com o argentino. Também fez voltar a aparecer como elemento surpresa, o que pouco ocorreu com Mano em 2023.
Renê é um lateral que tem o posicionamento como maior virtude. O camisa 6 consegue fechar os espaços e até mesmo ser um zagueiro. Quando o Inter está com a bola, participa do início das jogadas na linha de três defensores. Preferencialmente, avança pelo meio, já que Wanderson ocupa mais o lado para buscar o drible.
Bustos lateral-direito Inter
Ricardo Duarte/Divulgação, Internacional
Contra o São Paulo, Renê apareceu no ataque e por vezes deixou a saída de três para o volante Rômulo. O jogador tabelou com Alan Patrick e chutou de fora da área para assegurar a vitória. Aliás, Coudet foi perguntado sobre a característica de Renê em comparação a Moisés, lateral na passagem anterior, e afirmou que se adaptou ao elenco.
- Se você não se adapta como treinador e melhora conceitos... Todo treinador adquire isso com o tempo. O Renê pode ser um lateral ofensivo. Ele pode atacar. O futebol hoje é de compreensão. O time adquire situações físicas, táticas e conceituais. Ele ataca por dentro, por fora. Tenho um grupo muito inteligente - disse Coudet.
Renê comemora seu primeiro gol pelo Inter
Ricardo Duarte/Inter
Não é segredo que Coudet também pede uma equipe avançada e compacta. Os jogadores precisam estar perto um do outro. De preferência, próximo ao gol adversário. Assim, quando perdem a bola, já pressionam para recuperá-la o mais rápido possível e iniciar novas jogadas.
- Muitas vezes falamos em evitar transição. Quando você toma, é um erro conceitual. Para não tomar, é melhor encurtar e não correr para trás. Tentamos dar diferentes maneiras de atacar, posicionamentos. Atacamos com Renê por fora e por dentro, Bustos, Mauricio. São eles quem decidem e foram muito bem. Graças a Deus, Renê decidiu por dentro – disse o técnico.
A expectativa é que a dupla siga em evolução com o restante dos parceiros. O Inter trabalha para se estabilizar na zona dos postulantes à próxima edição da Libertadores. O próximo confronto ocorrerá no dia 21 de setembro, quando encara o Athletico-PR na Ligga Arena às 19h30.
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