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Homem é condenado a 15 anos de prisão pelo feminicídio da própria esposa

G1 - com informações do G1

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Com informações do G1

15/09/2023 por Redação

Dois filhos e o genro de Luiz Carlos Rissato também foram condenados por envolvimento na morte de Edna Storari. Corpo da vítima nunca foi encontrado. Empresária Edna Storari está desaparecida desde 21 de setembro, segundo a Polícia Civil
Divulgação/PCPR
Luiz Carlos Rissato foi condenado a 15 anos de prisão pelo assassinato da própria esposa, a empresária Edna Storari, de 56 anos, em Marechal Cândido Rondon, no oeste do Paraná.
Dois filhos de Rissato e o genro também foram condenados por envolvimento no crime. O júri durou cerca de 12 horas e terminou na quarta-feira (16).
O homem foi condenado por homicídio qualificado, por motivo torpe e feminicídio, ocultação de cadáver e fraude processual. A pena foi diminuída porque, durante o julgamento, ele confessou o assassinato.
O crime aconteceu em setembro de 2021. Na época, a filha de Edna procurou a polícia relatando que a mãe estava desaparecida. No mesmo dia, investigadores foram até a casa da mulher e questionaram o companheiro dela, que disse que a mulher tinha viajado com um casal de amigos.
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Na delegacia, o homem disse que a vitima não tinha levado celular e que pediu ainda para ele formatar o telefone dela. Relembre a seguir.
O corpo da vítima nunca foi encontrado. Durante o julgamento, Luiz Carlos Rissato disse não saber onde está o cadáver de Edna.
As investigações apontaram que o crime ocorreu por motivações financeiras.
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Familiares também foram condenados
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O júri entendeu que Guilherme Henrique Rissato, filho de Luiz e enteado da vítima, atuou junto com o pai. Ele também foi condenado a 15 anos de prisão pelos crimes de homicídio qualificado, por motivo torpe e feminicídio, ocultação de cadáver e fraude processual.
Além disso, os dois foram condenados a pagar uma multa indenizatória de R$ 20 mil para as filhas da vítima.
Amábile Carla Vieira Rissato, filha de Luiz e enteada de Edna, foi condenada a seis meses de detenção por fraude processual. Segundo a Justiça, a mulher foi presa no início do processo e, por conta disso, irá responder em liberdade.
O marido de Amábile, Luan Rafael Ferreira de Lima, também foi condenado, em regime aberto, pelo crime de fraude processual.
O g1 procurou a defesa dos condenados. O advogado de Luiz e de Guilherme optou por não se manifestar. A defesa de Amábile e de Luan afirmou que está feliz com o resultado do julgamento.
O Ministério Público do Paraná (MP-PR) afirmou que buscará o aumento da pena para Guilherme e Luiz.
Relembre o caso
A investigação começou após a filha de Edna fazer um boletim de ocorrência no dia 27 de setembro de 2021, informando que não tinha notícias da mãe havia cerca de uma semana.
No mesmo dia, investigadores foram até a casa da mulher e questionaram o companheiro dela, que disse que a mulher tinha viajado com um casal de amigos de Guaíra, também no oeste do estado, para o Paraguai.
Na delegacia, o homem disse que a vitima não tinha levado celular e que pediu ainda para ele formatar o telefone dela.
Segundo a polícia, as investigações apontaram que, um dia após o desaparecimento da empresária, Luiz pediu a vizinhos que apagassem imagens de câmeras de segurança da região.
De acordo com as investigações, Edna foi morta entre as 9h30 e 11h do dia 20 de setembro.
Neste mesmo dia, por volta das 11h, começaram as primeiras mensagens do celular da vítima para as filhas. A polícia informou que se tratava de mensagens enviadas pelo homem.
Em áudio para uma amiga, dias antes de ser assassinada, ela relata o que imaginava enfrentar ao terminar o relacionamento com o então marido, preso suspeito pelo crime. Ouça o áudio abaixo.
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No celular do suspeito foram encontradas mensagens do dia 20 de setembro em que o homem combina com o filho, que ao chegar à casa eles fariam o combinado, que conforme a polícia o assunto era sobre a morte de Edna.
Em nova troca de mensagem entre pai e filho, o homem pede que o filho chegue mais cedo em casa para colocar o negócio dentro da van. De acordo com a polícia, era o corpo da vítima.
Imagens de câmeras de segurança mostram os dois colocando um pacote em uma van entre 19h e 20h, do dia 20 de setembro. O homem retornou para casa às 20h51.
O corpo da vítima nunca foi encontrado.
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