Esporte

João Fonseca avalia opções após título: tênis universitário ou profissional

globoesporte.com - com informações do G1

Rastro101
Com informações do G1

11/09/2023 por Redação

Melhor do mundo na categoria juvenil, carioca de 17 anos já está na Dinamarca para treinar junto à seleção brasileira para a Copa Davis: Quase não tive tempo para reagir ao título Amadurecimento é a palavra-chave para o futuro de João Fonseca, atual número 1 do ranking mundial juvenil. Após a conquista do US Open da categoria no último sábado, o jovem está na Dinamarca para treinar com a seleção brasileira na Copa Davis, nos dias 15 e 16 de setembro. Em entrevista coletiva, o carioca de 17 anos falou sobre a conquista de seu primeiro Grand Slam, estilo de jogo agressivo e ressaltou cautela na transição para o circuito profissional. O jogador brasileiro vê duas opções possíveis para um futuro próximo.
- Eu tenho falado com algumas universidades, mas eu quero deixar as duas portas abertas o máximo de tempo que eu conseguir, tanto a do profissional quanto a da universidade. Acho que seria uma experiência boa, passar 8 meses lá e depois partir para o tênis profissional, mas não quero decidir nem pontuar nada agora. Vamos ver como as coisas ficam, se em julho do ano que vem eu estiver com um ranking bom, cabeça boa, eu sigo no profissional; caso eu queira ter essa experiência da universidade quero poder ir também, então deixo ambas abertas.
Campeão juvenil do US OPEN, João Fonseca comemora a vitória
Quem é João Fonseca, brasileiro campeão juvenil do US Open
Terceiro brasileiro a conquistar um título juvenil de Grand Slam em simples, depois de Tiago Fernandes (2010) e Thiago Wild (2018), João Fonseca se destacou no fim do ano passado, quando comandou a conquista do Brasil na Copa Davis Juvenil. Hoje, o carioca é 656º do ranking ATP e treina com a seleção brasileira para a competição na categoria principal. Contudo, o jovem ressalta que, mesmo com foco total no circuito profissional, é preciso melhorar.
- O pessoal no profissional é muito mais preparado, são pessoas mais velhas, e o nível é muito alto. É o mundo real. Tenho que cada vez trabalhar mais duro. Acordar cedo, chegar no treino, rotina... Tenho que fazer tudo em dobro. Estou melhorando meu físico, mas tenho que melhorar cada vez mais. Preciso de amadurecimento, principalmente na parte física, e para isso tenho acompanhamento da minha equipe - disse João.
João Fonseca, do Brasil, comemora vitória sobre Learner Tien, dos EUA, na final do US Open juvenil 2023
Sarah Stier/Getty Images
+ Djokovic vence Medvedev, é tetra do US Open e chega a 24 títulos de Grand Slams
+ Coco Gauff vence Sabalenka e conquista o título do US Open
+ Djokovic é o mais velho a vencer o US Open e aumenta lista de recordes; veja
O posto de destaque não é somente no cenário nacional e João Fonseca também chama atenção de grandes nomes do esporte, como Roger Federer. O jovem é patrocinado pela marca do ex-tenista e vê com bons olhos a possibilidade de encontro com o suíço.
- Apenas três tenistas são patrocinados pela marca (Iga Swiatek, Ben Shelton e o brasileiro). Então quando recebi a proposta, aceitei pela exclusividade. Ainda não conheci ele [Roger Federer], mas devo conhecer em breve. Ele é um dos meus ídolos e é o tenista que mais me inspiro, pela facilidade de jogar - declarou.
Leia outros trechos da entrevista!
Joao Fonseca, do Brasil, celebra o título de campeão do US Open juvenil em Nova York
Sarah Stier/Getty Images
Desempenho no US Open
- Na primeira rodada eu estava bastante nervoso, mas aos poucos fui me soltando, batendo mais forte na bola e conversei com meu treinador sobre estar mais confiante. O jogo da semifinal foi duro, por causa das interrupções pelo calor e chuva. No terceiro set, eu estava com muito calor e sofrendo com cãibras, mas depois que passei já botei na minha cabeça o título. A final foi um dos jogos mais difíceis da minha vida, um dos momentos importantes foi quando quebrei o serviço dele [Learner Tien] no 2x1 do terceiro set.
- Quase não tive tempo para reagir [ao título], porque viajei pouco tempo depois aqui para a Dinamarca. Naturalmente vou me acostumar, mas fico até emocionado quando falo, tem muita dedicação envolvida. Foi muito bom para ganhar mais confiança - acrescentou.
Tênis: Brasileiro João Fonseca é campeão juvenil do US Open
Transição para o circuito profissional
- Minha meta era terminar o ano como top 10 por conta dos wild cards da ITF. Eu consegui oito wild cards para Challengers no ano que vem. Em 2024, estava pensando em mesclar o circuito juvenil com o profissional e disputar pelo menos os Grand Slams. Mas agora, com essa vitória, acredito que minha carreira no juvenil acabou. Vou ter muito mais confiança para a transição para o profissional.
João Fonseca ainda não tem calendário definido oficialmente para 2024. Até o final do ano, o carioca irá disputar Challengers na América do Sul e a MEB Cup, que dá vaga no Rio Open da próxima temporada.
Promessa do tênis brasileiro, João Fonseca estreia no Rio Open
Tênis e universidade
- Eu tenho falado com algumas universidades, mas eu quero deixar as duas portas abertas o máximo de tempo que eu conseguir, tanto a do profissional quanto a da universidade. Acho que seria uma experiência boa, passar 8 meses lá e depois partir para o tênis profissional, mas não quero decidir nem pontuar nada agora. Vamos ver como as coisas ficam, se em julho do ano que vem eu estiver com um ranking bom, cabeça boa, eu sigo no profissional; caso eu queira ter essa experiência da universidade quero poder ir também, então deixo ambas abertas.
- Penso em fazer algo em relação à business. Meu pai trabalha no mercado financeiro e eu tenho falado com algumas pessoas que ele me indicou a falar - acrescentou.
Initial plugin text
Estilo de jogo agressivo
- Meu treinador falava que esse estilo de jogo já era meu desde que começou a me treinar, quando eu tinha 11 anos. Eu gosto de meter a mão, independente de onde a bola vai parar. Gosto de ir para cima e meu treinador já dizia que era uma característica minha. No US Open, eu conversava comigo mesmo nos momentos em que estava nervoso. Eu me motivava e não deixava de bater na bola.

Link curto:

TÓPICOS:
G1

COMPARTILHAR

PUBLICIDADE

MAIS NOTÍCIAS DO RASTRO101
menu