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Conheça dez livros de autores indígenas de diferentes etnias para ler na semana da Amazônia

G1 - com informações do G1

Rastro101
Com informações do G1

01/09/2023 por Redação

Os livros estão presentes no acervo da organização que trabalha com bibliotecas comunitárias da Amazônia. ONG Vaga Lume incentiva leitura por meio da abertura de bibliotecas no interior da Amazônia
ONG Vaga Lume/Divulgação
Para a Semana da Amazônia, cujo dia se comemora em 05 de setembro, a ONG Vaga Lume listou 10 livros de autores de diferentes nações indígenas, que estão presentes no seu acervo 2023. A organização trabalha há quase 22 anos, com bibliotecas comunitárias na região, inclusive no município de Santarém, oeste do Pará.
Comunidades Atodi e Urucureá (Rio Arapiuns), Maripá (Rio Tapajós) e também no Planalto, como Murumuru (Santarém-Curuá-Una), São Francisco e São Brás (Eixo Forte), são algumas das atendidas com bibliotecas comunitárias e livros do acervo da Vaga Lume, em Santarém.
“Buscamos livros que despertam sentimentos em quem faz a mediação e em quem ouve as histórias. Obras que inspiram boas conversas, geram sentimento de afeto e aumentam repertório, não só de vocabulário, mas também de conhecimento de mundo, de outras culturas e paisagens. Como Paulo Freire dizia, livros são ferramentas de liberdade e essa é a missão da Vaga Lume ao espalhar livros pela Amazônia”, disse a gerente de Relações Institucionais da Vaga Lume, Fernanda Prado.
O propósito da Vaga Lume é empoderar crianças de comunidades rurais da Amazônia por meio da leitura e da gestão de bibliotecas comunitárias, promovendo intercâmbios culturais com a leitura, a escrita e a oralidade para ajudar a formar pessoas mais engajadas na transformação de suas realidades.
Confira a lista de livros de indígenas
1. Nós - uma antologia de literatura indígena
Autor: Vários
Ilustrador: Maurício Negro
Editora: Companhia das Letrinhas
Nesta belíssima antologia ilustrada, o leitor vai conhecer dez histórias contadas ou recontadas por escritores de diferentes nações indígenas.
2. A boca da noite
Autor: Cristino Wapichana
Ilustrador: Graça Lima
Editora: Zit
Menino Kupai, personagem principal desta história, muito curioso e inventivo, conta aqui um pouco da infância, da família, do cotidiano e da criatividade do povo Wapichana.
Obra selecionada para o Clube de Leitura ODS da ONU relacionada com o Objetivo de Redução das Desigualdades e ganhadora de diversos prêmios incluindo Jabuti em 2017 na categoria infantil.
3. Kunumi Guarani
Autor: Wera Jeguaka Mirim
Ilustrador: Gilberto Miadaira
Editora: Panda Books
Werá Jeguaka Mirim é um menino guarani. Neste livro, ele nos conta onde fica a aldeia em que mora, como é a sua casa, as brincadeiras preferidas e como é o seu dia a dia. Prepare-se para conhecer a vida de uma criança indígena e a riqueza de seu povo.
4. Kabá Darebu
Autor: Daniel Munduruku
Ilustrador: Maté
Editora: Biruta
Nossos pais nos ensinam a fazer silêncio para ouvir os sons da natureza; nos ensinam a olhar, conversar e ouvir o que o rio tem para nos contar; nos ensinam a olhar os voos dos pássaros para ouvir notícias do céu; nos ensinam a contemplar a noite, a lua, as estrelas...Kabá Darebu é um menino-índio que nos conta, com sabedoria e poesia, o jeito de ser de sua gente, os Munduruku.
Capa do livro Kabá Darebu
Reprodução
5. O sonho de Borum
Autor: Edson Krenak
Ilustrador: Maurício Negro
Editora: Autêntica
O sonho de Borum, de Edson Krenak, é vencedor do 10º Concurso Tamoios de Textos de Escritores Indígenas. A Autêntica Editora, unindo-se a essa ação inovadora, publica o texto, possibilitando que este, transformado em livro, seja lido por mais pessoas.
6. A mulher que virou Urutau
Autor: Olívio Jekupe
Ilustrador: Taisa Borges
Editora: Panda Books
Esta é a história de uma bela índia que se apaixona por Jaxi, o Lua. Para saber se o sentimento é verdadeiro, Jaxi resolve colocar em prova o amor da jovem. Esta é a lenda guarani sobre o pássaro urutau, ave que possui uma diferente estratégia de camuflagem: ficar imóvel nos troncos das árvores, de olhos fechados, para não chamar a atenção dos predadores. Por meio da lenda é possível discutir a relação entre essência e aparência, valores e virtudes, além da própria cultura indígena. O livro traz o texto em português e em guarani, além de dados informativos sobre o pássaro urutau.
7. A origem do beija flor
Autor: Yaguarê Yamã
Ilustrador: Taisa Borges
Editora: Peirópolis
Os mitos de origem do mundo e dos seres que nele vivem são uma grande riqueza dos povos indígenas. Neste livro, Yaguarê Yamã registra uma dessas histórias: o mito da origem do beija-flor, que vive na memória dos antigos pajés do povo Maraguá, habitante do vale do rio Abacaxis, no Estado do Amazonas. Esse povo valoriza muito o contador de histórias, personagem sempre requisitado no cotidiano e nos festejos da tribo, e é conhecido como “os índios das histórias de fantasmas”.
Neste livro, a delicada história é apresentada em português e em maraguá, dialeto misto de Aruak com Nheengatu, e integra a coleção Peirópolis Mundo, que busca valorizar línguas minoritárias de todas as partes do planeta.
O áudio com a história na voz do autor em sua língua original está disponível no site da editora.
8. Estrela Kaingáng - a lenda do primeiro pajé
Autor: Vãngri Kaingáng
Ilustrador: Catarina Bessel
Editora: Biruta
Uma estrela desce do céu e se apaixona por uma bela índia, com quem logo se casa. Com a ajuda da sua Mãe Lua, a estrela terá de enfrentar espíritos do mal que tentarão atacar seu filho e sua esposa. Assim começa a história do primeiro pajé da tribo kaingáng, o líder que protegerá seu povo de todas as ameaças e os guiará para uma vida de paz, sabedoria e harmonia com a natureza.
9. A pescaria do Curumim e outros poemas indígenas
Autor: Tiago Hakiy
Ilustrador: Taisa Borges
Editora: Panda Books
Tomar banho de rio, subir no pé de goiabeira, brincar com os animais, pescar o almoço, olhar as estrelas. Em A pescaria do Curumim e outros poemas indígenas, a cultura dos índios da Amazônia é apresentada às crianças sob a forma de singelos poemas. Ninguém melhor do que Tiago Hakiy para fazer isso com aprumo: descendente do povo sateré mawé, o autor nasceu em Barreirinha (AM), no coração da Floresta Amazônica. O livro ganha ainda um charme extra com as representativas ilustrações de Taísa Borges. Coloridos, tradicionais e de traços fortes, os desenhos contribuem para a inserção do público infanto-juvenil no universo dos índios amazônicos.
10. Abaré
Autor: Graça Lima
Ilustrador: Graça Lima
Editora: Panda Books
Abaré significa amigo em tupi-guarani. Esse é o nome que recebe um indiozinho muito especial, personagem central do nosso livro. A obra conta, por meio de belas ilustrações, a história desse indiozinho curioso e esperto que adora conhecer novos lugares e descobrir as diferenças que existem em cada espécie. Os caminhos por onde ele passa, os animais que ele encontra e até as surpresas que ele vê, tudo isso ensina e ajuda o nosso amigo a amadurecer. De todas as descobertas, a maior delas será a amizade, sentimento para ser levado vida afora.
Dia da Amazônia
O Dia da Amazônia é comemorado em 5 de setembro. A data surgiu como uma forma de chamar a atenção para esse bioma, e a data foi escolhida como forma de homenagear a criação da Província do Amazonas por D. Pedro II em 1850. Nessa data o objetivo principal é alertar a população sobre a destruição da floresta e de como podemos ter desenvolvimento sem que seja necessário acabar com essa importante fonte de biodiversidade.
A Amazônia é um bioma que inclui a maior floresta tropical do planeta e, sem dúvidas, uma das maiores riquezas da humanidade. Esse bioma, que possui 4,196.943 milhões de km2 de floresta e abrange nove países (Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Paraguai, Peru, Suriname e Venezuela), apresenta 26% da sua área protegida em território brasileiro, porém, infelizmente, muitos ignoram essa proteção.

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