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Ministra cita pandemia e defende uso de R$ 1 bilhão do PAC em laboratório de nível máximo de segurança

G1 - com informações do G1

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Com informações do G1

14/08/2023 por Redação

Medida faz parte do Novo PAC, iniciativa plurianual anunciada por Lula que investirá R$ 1,68 trilhão nos próximos anos. Ministra da Saúde, Nísia Trindade, em coletiva nesta segunda-feira (14).
Reprodução/Youtube/Ministério da Saúde
A ministra da saúde Nísia Trindade detalhou o investimento de R$ 30,5 bilhões a ser feito pelo Novo PAC para saúde. Entre os projetos citados estão o investimento em laboratório de segurança máxima, cobertura do SAMU e saúde indígena. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (14) em uma entrevista coletiva do Ministério da Saúde sobre o novo planejamento.
Todo mundo durante a pandemia ouviu todas as discussões sobre novas variantes, se eram de preocupação ou não era, e isso não é possível sem uma forte rede de laboratórios e coordenação do Ministério da Saúde, afirmou Nísia.
Somente para o laboratório, o valor destinado será de R$ 1 bilhão. Até então, a responsabilidade sobre o projeto era exclusiva do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Veja mais abaixo os detalhes sobre o projeto do laboratório.
O Novo PAC para a Saúde
A determinação faz parte do Novo Programa de Aceleração ao Crescimento (PAC), anunciado na sexta-feira (11) pelo presidente Lula. Entre os principais objetivos estão o investimento em políticas públicas, melhorar a competitividade e criar empregos de qualidade.
Ao todo, são seis eixos prioritários e, entre eles, três tem participação do Ministério da Saúde: Saúde, Água Para Todos, e Educação, Ciência e Tecnologia. Para a pasta será destinada a quantia de R$ 30,5 bilhões, já prevista no orçamento. Desse montante, serão R$ 7,4 bilhões para atenção primária e R$ 13,8 bilhões para atenção especializada.
SAMU: Atualmente, a cobertura do SAMU é de cerca de 87%, porcentagem que está estagnada desde 2017. A nova meta é que, em breve, 97% da população esteja coberta pelo atendimento de urgência. A prioridade é para as regiões mais vulneráveis. Ao todo, serão 850 ambulâncias e 10 Centrais de Regulação de Urgências (CRU).
Saúde Indígena: até 2026 serão investidos R$ 17 milhões para a realização de 321 obras de saneamento em aldeias indígenas, contemplados no eixo Água para Todos. Form selecionadas 130 comunidades, com população total de 178.059 indígenas.
Laboratório de biossegurança nível 4
Perspectiva artística do Orion, complexo laboratorial de máxima contenção biológica que será construído no CNPEM, em Campinas (SP), como parte do novo PAC do governo federal
Reprodução/CNPEM
Batizado de Projeto Orion, este será o primeiro laboratório de biossegurança nível 4 (NB4) da América Latina, destinado ao manejo de agentes exóticos e perigosos, que apresentam potencial elevado de transmissão pelo ar.
🧪Isso representa a possibilidade de armazenar e manipular amostras biológicas para desenvolver métodos de diagnóstico, vacinas e tratamentos.
Ele está sendo construído no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas (SP). Localizado ao lado do Sirius, equipamento que usa aceleradores de partículas para produzir um tipo especial de luz, chamada, luz síncrotron, o investimento previsto é de R$ 1 bilhão.
🧫A estrutura do complexo laboratorial terá 20 mil metros quadrados, com acesso à três linhas de estações de pesquisa do Sirius.
Como funciona o Sirius? A estrutura atua como um raio X superpotente, analisando átomos e moléculas. Os elétrons são acelerados quase na velocidade da luz, percorrendo 600 mil vezes por segundo um túnel de 500 metros. Depois, os elétrons são desviados para uma das estações de pesquisa para os experimentos. O desvio acontece com a ajuda de imãs, responsáveis por gerar a luz síncrotron. Apesar de extremamente brilhante, ela é invisível a olho nu. Segundo os cientistas, o feixe é 30 vezes mais fino que o diâmetro de um fio de cabelo.
O projeto prevê a capacitação de cientistas brasileiros para lidar com agentes infecciosos desses tipos, e o término da construção está previsto para 2026. De acordo com o CNPEM, existem cerca de 60 laboratórios de máxima contenção no mundo, nenhum deles na América do Sul, Central ou Caribe.

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