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Mais três garimpeiros ilegais são presos durante operação na Terra Indígena Yanomami

G1 - com informações do G1

Rastro101
Com informações do G1

22/07/2023 por Redação

Novas prisões aconteceram na região de Homoxi, uma das áreas com maior presença de garimpo ilegal. Prisões aconteceram durante a operação Ágata Fronteira Norte. Algemados, garimpeiros chegaram em Boa Vista na tarde deste sábado (22).
Caíque Rodrigues/g1 RR
A operação Ágata Fronteira Norte, que envolve as Forças Armadas, Polícia Federal e o Ibama, prendeu mais três garimpeiros ilegais na Terra Indígena Yanomami, em Roraima. As novas prisões aconteceram neste sábado (22) na região de Homoxi, uma das áreas com maior presença de garimpo ilegal no território.
Os três homens, de 35, 40 e 47 anos, foram encontrados por volta das 9h quando trabalhavam em um motor. Eles foram conduzidos a um barraco, onde passaram por uma revista. Com eles, foram apreendidos dois revólveres.
Após a ação, eles foram conduzidos para a base Homoxi e retirados do território em um helicóptero. O trio chegou em Boa Vista na tarde deste sábado, por volta das 15h20.
Uma das armas encontradas com os garimpeiros na Terra Yanomami.
Comando Conjunto Ágata Fronteira Norte/Divulgação
Algemados com lacres, eles desembarcaram na pista da Força Aérea Brasileira, onde passaram por exames de rigidez física. Os três foram foram conduzidos para viaturas da Polícia Federal.
O g1 tentou contato com a PF para saber se os homens devem prestar depoimento na sede da instituição, e aguarda o retorno.
Com as novas prisões, chegou a 50 o número de garimpeiros presos na Terra Yanomami durante a operação Ágata Fronteira Norte. As primeiras prisões aconteceram no dia 12 de julho, quando onze garimpeiros, sendo oito homens e três mulheres, foram presos na região conhecida como Wiakás.
Garimpeiros em viatura da Polícia Federal em Roraima.
Caíque Rodrigues/g1 RR
Uma semana depois, na última quarta-feira (19), 13 garimpeiros foram presos também na região de Homoxi. Na quinta-feira (20), a operação prendeu mais cinco garimpeiros que tentaram furar o Posto de Bloqueio e Controle Fluvial (PBCFlu) no rio Uraricoera, em Palimiú, que controla a entrada e a saída das embarcações. Um deles ficou ferido no ombro.
Ainda na quinta, outros 13 garimpeiros foram presos na região de garimpo conhecido como Rangel. Nessa ação, também foram destruídos três embarcações, seis motores, uma motobomba, um alojamento com cantina, um quadriciclo e um acampamento.
A operação é coordenada pelo Comando Conjunto Ágata Fronteira Norte, das Forças Armadas, com participação da Polícia Federal e Ibama.
Garimpeiros presos em operação na Terra Yanomami.
Caíque Rodrigues/g1 RR
Terra Yanomami
Maior território indígena do país, a Terra Indígena Yanomami enfrenta uma grave crise sanitária na saúde causada por garimpeiros ilegais. Desde o dia 20 de janeiro, a Terra Yanomami está em emergência de saúde pública.
Além dos atendimentos em saúde, o governo Federal atua para retirar garimpeiros do território. Atuam nesta missão agentes do Ibama, PF, Força Nacional e Polícia Rodoviária Federal. Desde junho, o Ministério da Defesa também passou a atuar de forma repressiva aos invasores.
Alvo há décadas de garimpeiros ilegais, o maior território indígena do Brasil enfrentou nos últimos o avanço desenfreado da atividade ilegal no território. Em 2022, a devastação chegou a 54% - cenário que tem mudado com as ações deflagradas desde janeiro deste ano.
A invasão do garimpo predatório, além de impactar no aumento de doenças no território, causa violência, conflitos armados e devasta o meio ambiente - com o aumento do desmatamento, poluição de rios devido ao uso do mercúrio, e prejuízos para a caça e a pesca, impactando nos recursos naturais essenciais à sobrevivência dos indígenas na floresta.
Leia outras notícias do estado no g1 Roraima.

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