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Ex-servidora acusada de desviar R$ 3,5 milhões do DMAE é condenada pela Justiça a devolver valores em Poços de Caldas, MG

G1 - com informações do G1

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Com informações do G1

07/07/2023 por Redação

Além de ressarcir os valores desviados, ela ainda foi condenada a pagar R$ 350 mil de honorários advocatícios. A ex-servidora acusada de desviar R$ 3,5 milhões do Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE) em Poços de Caldas (MG) foi condenada pela Justiça a ressarcir os valores e ainda a pagar mais R$ 350 mil de honorários advocatícios.
A ex-servidora Alessandra Acurcio Tamburi Santana de 46 anos, que foi demitida por justa causa, conforme as apurações, teria feito os desvios por transferências, cheques, pix e compras no comércio local.
Conforme a sentença assinada pelo juiz da 3ª Vara Cível da Comarca de Poços de Caldas, Edmundo José Lavinas Jardim, em 6 de outubro de 2021, foi constatado pelo gerente do setor contábil onde trabalhava a servidora um relevante desvio financeiro.
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Questionada, a ex-servidora assumiu a autoria do desvio. Foi lavrado um boletim de ocorrência e tomada outras providências, inclusive com a abertura de processo administrativo, que gerou a sua demissão.
A Justiça requereu o bloqueio dos bens da ex-servidora e a condenou ao pagamento do valor mensurado: R$ 3.576.507,21.
Citada no processo, a ex-servidora não apresentou defesa e foi reconhecida sua revelia, que para a Justiça, significa a presunção da verdade dos fatos alegados pela parte autora.
Sindicância aponta que servidora investigada por desvio no DMAE tinha gastos de R$ 30 mil por mês, em Poços de Caldas
Reprodução/EPTV
Gastos de até R$ 30 mil por mês
A sindicância do DMAE que apontou desvio de R$ 3,5 milhões feito no departamento por uma servidora, em Poços de Caldas, destacou que a funcionária tinha gastos mensais de R$ 30 mil.
Alessandra Acurcio Tamburi Santana entrou no Departamento Municipal de Água e Esgoto em agosto de 2012. O cargo dela era de agente administrativo. No início, ela trabalhou no setor de tesouraria, depois passou um período pelo departamento de liquidação. Em 2016 ela voltou para a tesouraria. A sindicância interna do DMAE indicou que foi no mesmo ano que os desvios começaram a ser feitos.
No ano em que os desvios começaram, Alessandra chegou a participar do concurso de servidor padrão do DMAE, mas não venceu. No ano seguinte foi eleita para participar do Conselho Municipal de Política de Remuneração do Servidor.
Servidora é acusada de desviar mais de R$ 3,5 milhões do DMAE, em Poços de Caldas
Reprodução/EPTV
Ela recebia em média R$ 3 mil mensais, conforme os últimos salários recebidos e disponíveis no portal da transparência.
Em 2019 ela chegou a prestar concurso para Analista Contábil Financeiro do DMAE, cargo que exigia formação em ciências contáveis e oferecia remuneração de R$ 3,6 mil. Ela também não foi aprovada.
Uma ex-estagiária do setor, que preferiu não se identificar, relata que em média duas vezes por semana a servidora a mandava para descontar dois ou três cheques em bancos da cidade. A estagiária voltava, então, com cerca de R$ 10 mil em dinheiro e entregava para a trabalhadora. A ex-estagiária disse acreditar que a servidora agia sozinha.
Alessandra foi demitida por justa causa no dia 30 de maio de 2022. O relatório final da comissão do DMAE que investigou o caso sugere que seja aberto processo administrativo para investigar os demais servidores do setor financeiro e que sejam afastados os que possuem cargo de confiança. Uma supervisora foi afastada.
Na época da demissão, a defesa da servidora informou que nenhuma declaração seria dada.
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