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Tenente-coronel da PM réu por sequestro e tortura de jornalista morre em Boa Vista

G1 - com informações do G1

Rastro101
Com informações do G1

18/06/2023 por Redação

Paulo Cezar De Lima Gomes morreu nesse sábado (17), segundo a Polícia Militar. Ele foi denunciado por sequestro, tortura, milícia, dano, roubo, cárcere e violação de domicílio. A causa da morte ainda não foi revelada. Tenente-coronel da Polícia Militar de Roraima, Paulo Cezar De Lima Gomes (esquerda), ao lado de Jalser Renier.
Arquivo pessoal
O tenente-coronel da Polícia Militar de Roraima, Paulo Cezar De Lima Gomes, réu no processo pelo sequestro e tortura do jornalista Romano do Anjos, morreu nesse sábado (17) em Boa Vista. A morte foi confirmada pela corporação.
A causa da morte ainda não foi revelada. Em nota, a corporação lamentou a morte do militar e se solidarizou com os familiares e amigos de Paulo Cezar.
A PMRR manifesta solidariedade aos familiares e amigos do militar, rogando a Deus pelo conforto necessário para suportar e superar esse momento de consternação, disse.
O PM, que já era aposentado, foi denunciado no processo em junho de 2022. Ele respondia por sete crimes: sequestro qualificado, tortura qualificada, constituição de milícia privada, dano qualificado, roubo majorado, cárcere privado e violação de domicílio qualificado.
Além dele, outros sete policiais militares, entre eles um major, o ex-deputado estadual Jalser Renier e um ex-servidor público da Assembleia Legislativa de Roraima (Ale-RR) também se tornaram réus no processo e respondem pelos mesmos crimes. O crime foi em outubro de 2020.
Durante as investigações foram deflagradas duas fases da Operação Pulitzer - o nome da operação faz referência ao prêmio internacional Pulitzer, que é concedido a pessoas que realizam trabalhos de excelência na área de jornalismo. As ações foram realizadas pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Na época das ações, em setembro de 2021, Paulo Cezar, outros cinco policiais militares e o ex-servidor da Assembleia Legislativa foram presos. O tenente-coronel ficou preso de setembro de 2021 a outubro do ano passado, quando a Justiça concedeu liberdade à ele.
A denúncia
À época do crime, Jalser Renier era presidente da Assembleia Legislativa de Roraima. Segundo a denúncia do Ministério Público, ele usou do poder que tinha para cometer o crime com a ajuda dos policiais, a maioria oficiais da Polícia Militar. Por conta da investigação, ele respondeu a processo na Casa por quebra de decoro e foi cassado e perdeu o mandato de deputado após 27 anos no poder.
Jalser chegou a ser preso e algemado por conta do crime. Mas, depois ganhou liberdade. Atualmente, ele cobra na Justiça que o estado o indenize em meio milhão por ter sido algemado.
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O sequestro do jornalista Romano dos Anjos ocorreu na noite do dia 26 de outubro de 2020. Ele foi levado de casa no próprio carro. O veículo foi encontrado pela polícia queimado cerca de uma hora depois.
O ex-deputado estadual Jalser Renier é apontado como o mandante do crime. Os policiais acusados de executarem o crime são ligados a ele, segundo denúncia do Ministério Público de Roraima (MPRR).
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