Corpo de empresário mineiro assassinado no Rio Grande do Sul é velado em BH; crime teria sido motivado por dívida milionária

O corpo de Samuel Eberth de Melo foi encontrado no domingo (11). Segundo a polícia, dois suspeitos foram presos; um deles era sócio da vítima. Cemitério e Crematório Parque da Colina, na Região Oeste de BH, nesta terça-feira (13)
Lucas Franco/TV Globo
O corpo do empresário Samuel Eberth de Melo, de 41 anos, estava sendo velado nesta terça-feira (13) no Cemitério e Crematório Parque da Colina, no bairro Nova Cintra, na Região Oeste de Belo Horizonte. O enterro está previsto para as 13h.
Melo foi encontrado morto, na madrugada deste domingo (11), em Santo Antônio da Patrulha, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Ele deixou três filhos.
Dois homens são suspeitos do crime. Um deles, Diego Gabriel da Silva, era sócio do empresário morto. Segundo as investigações, Samuel foi ao Rio Grande do Sul cobrar uma dívida dele que girava em torno de R$ 5 milhões. A identidade do outro suspeito preso não foi divulgada.
Houve uma negociação nesses últimos seis meses. Pelo que apuramos, (Samuel ) vendeu dois carros, depois cinco, depois 10, depois 15. E aí uma grande quantidade, que chega a 44 veículos, que nós apuramos até agora. E a esses 44 veículos não houve pagamento do empresário gaúcho para o empresário mineiro. Aí o empresário mineiro vem ao Rio Grande do Sul buscar 11 veículos e se deu o crime, explicou diretor do Departamento de Homícidios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, Mário Souza.
O empresário mineiro Samuel Eberth de Melo foi assassinado no Rio Grande do Sul
Arquivo Pessoal
Compra
Compra de pás e lona
Imagens mostram suspeito de matar empresário no RS comprando pás, enxada e lona
Imagens de câmeras de segurança de uma loja mostram Diego comprando duas pás, uma enxada e lona. Diego Gabriel da Silva.
A RBS TV entrou em contato com a defesa dele, mas não obteve retorno até a publicação dessa reportagem.
A ferragem também fica localizada em Santo Antônio da Patrulha, de acordo com a Polícia Civil. Segundo as investigações, as ferramentas não chegaram a ser usadas no crime, mas a lona sim – ela teria sido utilizada para enrolar o corpo do empresário assassinado.
Nós abrimos toda essa lona, toda a extensão dela, e realizamos as medições dela junto ao Instituto Geral de Perícias, que dão conta de que são três metros de lona. Exatamente o que ele comprou, como consta na filmagem e no cupom fiscal, disse a delegada Marcela Ehler, responsável pelo caso.
O fim das buscas
Após quase 200 horas de buscas que envolveram policiais civis e militares, além de bombeiros militares, o corpo do empresário foi encontrado em uma área rural do município. Uma informação importante chegou pelo disque-denúncia da Polícia Civil: as informações davam conta de que que o empresário mineiro teria sido visto numa casa abandonada. Ali perto, policiais encontraram o óculos de Samuel.
Então quer dizer que o empresário mineiro andou por ali e esse óculos foram perdidos. O que certamente é um símbolo ou a ilustração de uma luta, talvez, de resistência. O óculos se perdeu e ficou para trás. Então nós tínhamos convicção de que ali poderia estar o corpo, comenta
O corpo estava coberto com folhas secas próximo a um bananal. Segundo as investigações, Samuel foi assassinado com nove tiros, todos disparados pelas costas.
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oo) vendeu dois carros, depois cinco, depois 10, depois 15. E aí uma grande quantidade, que chega a 44 veículos, que nós apuramos até agora. E a esses 44 veículos não houve pagamento do empresário gaúcho para o empresário mineiro. Aí o empresário mineiro vem ao Rio Grande do Sul buscar 11 veículos e se deu o crime, explicou odiretor do Departamento de Homícidios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil do Rio Grande do Sul. Souza.