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Casos de sífilis adquirida aumentam 30% nos primeiros cinco meses do ano em Porto Velho

G1 - com informações do G1

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Com informações do G1

12/06/2023 por Redação

Ao todo, 428 casos da doença foram confirmados na capital rondoniense. A sífilis é causada pela bactéria Treponema pallidum e pode ser transmitida por meio da relação sexual desprotegida ou da transmissão vertical, da mãe para o feto. O diagnóstico de sífilis é rápido
Rodrigo Nunes/MS
Os casos de sífilis adquirida, uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST), aumentaram 30% nos primeiros cinco meses de 2023, em comparação com o mesmo período do ano passado, revelou a prefeitura de Porto Velho.
De janeiro a maio deste ano, 428 casos de sífilis adquirida foram confirmados na capital rondoniense. No mesmo período do ano passado, Porto Velho havia registrado 328 casos, ou seja, 100 casos a menos do que o registrado neste ano.
A sífilis é causada pela bactéria Treponema pallidum e pode ser transmitida por meio da relação sexual desprotegida (adquirida ou em gestantes) ou da transmissão vertical, da mãe para o feto (congênita).
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Entenda: sífilis pode não apresentar sintomas
De acordo com a administração municipal, os casos de sífilis congênita diminuíram. Em cinco meses, sete casos foram confirmados. Já nos primeiros cinco meses de 2022, foram 36 casos da doença.
Teste rápido
Os testes rápidos de sífilis e de outras IST, como HIV e hepatites, podem ser feitos nas Unidas Básicas de Saúde (UBS) espalhadas em diversas regiões da capital.
Segundo a prefeitura, para realizar o agendamento, o paciente deve ter em mãos um documento oficial com foto e o cartão do SUS.
Fases da sífilis
A sífilis nem sempre tem sintoma. “A doença tem algumas fases e, mesmo durante as fases iniciais, onde os sintomas costumam ser mais proeminentes, uma parte dos pacientes pode não ter sintomas”, explica o infectologista Paulo Abrão.
Segundo o Ministério da Saúde, os sinais e sintomas dependem do estágio da doença:
Primária: Nessa fase, pode aparecer uma ferida no local de entrada da bactéria (pênis, vagina, ânus, boca), que aparece entre 10 a 90 dias após o contágio. Normalmente não dói, não coça, não arde e não tem pus, podendo estar acompanhada de caroços na virilha.
Secundária: sinais e sintomas aparecem entre seis semanas e seis meses do aparecimento e cicatrização da ferida inicial. Pode ocorrer manchas no corpo, que geralmente não coçam, incluindo palmas das mãos e plantas dos pés. A pessoa pode ter febre, mal-estar, dor de cabeça e ínguas pelo corpo.
Latente (fase assintomática): não aparecem sinais ou sintomas. É dividida em sífilis latente recente (menos de dois anos de infecção) e sífilis latente tardia (mais de dois anos de infecção). A duração é variável, podendo ser interrompida pelo surgimento de sinais e sintomas da forma secundária ou terciária.
Terciária: pode surgir de dois a 40 anos depois do início da infecção. Costuma apresentar sinais e sintomas, principalmente lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte.
A pessoa pode ter sífilis e não saber. Isso acontece porque a doença pode aparecer e desaparecer, mas continuar latente no organismo.

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