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PMs que faziam segurança pra fazendeiros que disputam terra com índios são baleados

Proprietários rurais se dizem ameaçados por índios armados; indígenas contestam e falam que são impedidos de deixar o local por supostos pistoleiros

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Radar64
18/08/2022 por RADAR64

Divulgação/Radar64Divulgação/Radar64

Pelo menos três policiais militares que faziam segurança privativa para lafifundiários teriam ficado feridos durante um confronto com um grupo armado, na tarde desta quarta-feira (17), em uma fazenda entre os municípios de Itabela, Porto Seguro e Itamaraju.


O clima entre indígenas e produtores rurais é tenso na região. Os pataxó reivindicam uma área que faria parte de um território indígena. Os índios afirmam que eles não entraram em conflito com os homens armados.


Um dos PMs ferido no confronto aparece em foto com colete à prova de bala e arma

Um PM foi atendido no Hospital Municipal Frei Ricardo, em Itabela. Nenhum outro policial deu entrada em hospitais públicos em Itamaraju e Eunápolis, cidades próximas de onde ocorreu o tiroteio.


No fim da noite, um vídeo que circula nas redes sociais mostra um dos policiais feridos sendo recebido por amigos e familiares, em clima de comemoração, na cidade de Itapetinga, onde ele reside.


Tão logo surgiu a notícia do confronto, várias equipes da Polícia Militar foram deslocadas para a área. Segundo o 8°Batalhão, as equipes encontraram resistência, em virtude da presença de indígenas obstruindo as vias e ameaçando atear fogo numa ponte que dá acesso à fazenda.


Clima é tenso na região onde ocorreu o confronto

SEGURANÇA PRIVADA – Conforme confirmou o RADAR 64, quatro PMs, que não estavam à serviço da corporação, integravam um grupo de cerca de 25 pessoas que prestavam serviço de segurança privativa para fazendeiros da localidade.


Os indígenas dizem que tudo não passa de uma tentativa de “incendiar” o debate sobre a demarcação de terras naquela área. “A milícia do Extremo Sul baiano é também cão de guarda de latifundiários. Isso não é novidade”, declarou um líder pataxó.


Ainda segundo o 8° BPM, a situação permanece tensa no local, havendo a possibilidade de novos conflitos.


Crianças e adultos correm de escola indígena durante os tiros

CRIANÇA CORREM DOS TIROS – Durante o tiroteio de quase uma hora, estudantes de escolas indígenas e outros moradores de aldeias ficaram muito assustados. Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram o barulho dos tiros e pessoas correndo.


CLIMA TENSO NA REGIÃO – Há dois meses, o clima é de muita tensão na região, desde que índios pataxó retomaram uma área, alegando que se trata de terras protegidas pela Terra Indígena de Barra Velha. Eles denunciam cerco de fazendeiros, com supostos pistoleiros armados.


Por outro lado, os fazendeiros alegam que vêm sendo ameaçados pelos índios, que estariam com armamento pesado e “se fazendo de vítimas”. Não há informação se os homens que atacaram os policiais eram indígenas.


Índios dizem que estão cercados por fazendeiros, que estariam até queimando ponte

TROCA DE ACUSAÇÕES – Na manhã desta quarta-feira, os índios publicaram, nas redes sociais, uma foto que mostra o momento em que uma ponte de madeira é queimada por um grupo que estaria a serviço de fazendeiros. Na imagem, aparece um homem armado e com colete à prova de balas. Há relatos de fazendeiros que os índios também incendiaram uma ponte na mesma área.


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