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Equador: três pessoas morrem em protestos contra alta de preço dos combustíveis

Milhares de manifestantes agitam diferentes partes do país, em algumas regiões com manifestações mais intensas do que em outras, para exigir que o governo reduza os preços dos combustíveis, entre outras ações que amortecem o custo de vida

Rastro101
Com informações do site O Tempo

23/06/2022 por Redação

Divulgação/O TempoDivulgação/O TempoTrês pessoas morreram e quase cem ficaram feridas em onze dias de intensos protestos no Equador contra o aumento dos preços dos combustíveis, segundo balanço desta quinta-feira (23) de organizações de direitos humanos.  Na cidade andina de Tarqui (sul), confrontos entre policiais e manifestantes deixaram um morto na quarta-feira, segundo a Aliança de Organizações para os Direitos Humanos.

Marcelino Villa, 38, morreu e um cartucho de gás lacrimogêneo foi encontrado ao lado de seu corpo, acrescentou a organização no Twitter. A polícia, no entanto, indicou em boletim que o homem morreu de cirrose hepática no contexto das manifestações. 

Além disso os hematomas no abdômen e no joelho direito (...) seriam de dias atrás, segundo o laudo médico, especificou. 

Na segunda e terça-feira, outras duas pessoas morreram, segundo a Aliança, que também registra 92 feridos e 94 detidos desde 13 de junho. Segundo a polícia, há 117 soldados e efetivos feridos.

Cerca de 14 mil manifestantes agitam diferentes partes do país, em algumas regiões com manifestações mais intensas do que em outras para exigir que o governo reduza os preços dos combustíveis, entre outras ações que amortecem o custo de vida. 

Só em Quito, mais de 10.000 indígenas chegaram de seus territórios na segunda-feira e desde então se organizaram em diferentes protestos para aumentar a pressão sobre o presidente de direita Guillermo Lasso. 

Algumas marchas são festivas, outras deixam fogueiras com pneus em chamas em seu rastro e, à noite, tumultos acontecem. A capital está semi-paralisada, com escassez nos bairros mais atingidos e falta de serviço de ônibus. Enquanto a pressão aumenta nas ruas, as partes não chegam a acordos para iniciar diálogos.

Os indígenas exigem a revogação do estado de emergência que rege seis das 24 províncias e a capital, com um robusto destacamento militar e toques de recolher noturnos. O Executivo recusa-se a aceitar essa condição para sentar-se à mesa e assegura que as exigências dos manifestantes são inviáveis. 

A redução dos preços dos combustíveis, como os indígenas clamam, custaria ao Estado mais de US$ 1 bilhão por ano, segundo o governo. Mas os indígenas garantem que estão colhendo com prejuízo e seus territórios estão afundando na pobreza. 

Na quarta-feira, cerca de 300 pessoas tomaram uma grande usina na província andina de Tungurahua (sul), embora nenhum dano grave ou interrupção do serviço tenha sido relatado. (AFP)

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