Divulgação/O TempoO homem que matou dez pessoas a tiros durante ataque em um supermercado de Buffalo, no estado de Nova York, é acusado de 25 crimes, entre eles terrorismo doméstico e crime de ódio, de acordo com reportagem publicada nesta quarta-feira (1º) pelo jornal americano The New York Times.
Payton Gendron, 18, foi preso logo após o massacre. O ataque aconteceu em um bairro predominantemente negro e está sendo investigado também como um ato de extremismo violento motivado por raça. Das 13 pessoas atingidas, 11 eram negras e duas, brancas. O atirador é branco.
De acordo com a reportagem, Gendron é acusado também de assassinatos em primeiro e segundo graus, três tentativas de assassinato, entre outros crimes. Ele deverá ser indicado nesta quinta-feira (2).
Nos tribunais, Gendron chegou a se declarar inocente do crime de homicídio qualificado, pelo qual foi acusado. Reportagem do jornal The Washington Post, porém, mostrou que o criminoso detalhou plano na internet cinco meses antes de massacre.
O criminoso decidiu realizar o ataque em dezembro de 2021. À época, escreveu no aplicativo Discord, em que usuários criam grupos de bate-papo restritos a convidados, que mataria aqueles que chamava de substitutos –referência à teoria da substituição, cada vez mais difundida nos EUA, segundo a qual os americanos correm o risco de serem substituídos por pessoas não brancas. Dias antes do ataque, ele publicou online um manifesto racista de 180 páginas.
Durante o crime, o assassino vestia um colete à prova de balas e estava armado com um rifle de alta potência. Ele fez uma transmitiu o crime ao vivo pela internet por uma câmera de vídeo afixada em seu capacete.
Ao chegar ao estacionamento do supermercado, ele saiu de seu carro e atirou em quatro pessoas, matando três, disse a polícia. Em seguida, entrou na loja –uma filial da rede Tops Friendly Markets- e continuou atirando. Trocou tiros com um segurança, a quem matou, e depois atingiu vários clientes. Gendron finalmente foi detido por policiais depois de colocar a arma no próprio pescoço e ameaçar se matar.
(Folhapress)