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Onça-parda é solta no Paraná quase 3 anos após atropelamento

O animal de quatro anos e meio passou por tratamento e processo de readaptação antes de voltar para a natureza

Rastro101
Com informações do site O Tempo

01/05/2022 por Redação

Divulgação/O TempoDivulgação/O TempoApós quase três anos de tratamento, uma onça-parda que havia sido atropelada em uma rodovia no interior do Paraná conseguiu se recuperar e foi solta na natureza. O animal é um macho de quatro anos e meio e foi batizado de Leôncio.

A onça foi solta no dia 22 de abril em uma área de conectividade entre o Parque Nacional do Iguaçu e áreas protegidas da Usina de Itaipu. Para possibilitar a soltura, foram realizados diversos testes para avaliar se os comportamentos e hábitos do animal eram semelhantes aos de uma onça de vida livre.

De acordo com Pedro Henrique Teles, médico-veterinário da divisão de áreas protegidas de Itaipu, alguns dos critérios observados foram o afastamento em relação aos humanos, a capacidade de subir e descer em árvores e o contato com diferentes espécies da região.

Leôncio chegou ao Refúgio Biológico Bela Vista de Itaipu, em Foz do Iguaçu (PR), em julho de 2019, levado por policiais ambientais. O animal foi atropelado em um trecho da BR-163, entre as cidades paranaenses de Mercedes e Guaíra.

A onça chegou ao instituto cerca de oito horas após o acidente. O animal estava em coma, com sinais de trauma cranioencefálico e com uma fratura grave no fêmur direito.

A gente fez o primeiro atendimento para tentar mantê-lo vivo. Naquele momento, achamos que ele viria a morrer, porque ele estava em estado muito grave. A gente tinha poucas esperanças de que ele ficaria bom, diz Teles.
Após os tratamentos iniciais, Leôncio precisou passar por uma cirurgia devido a fratura no fêmur. O procedimento foi realizado em parceria com especialistas da UFPR (Universidade Federal do Paraná), que precisaram colocar uma placa, um pino e 16 parafusos na perna do animal.

Durante os exames para o tratamento, também foi constatado que a onça já havia sido vítima de caçadores no passado. Os veterinários identificaram marcas de cinco projéteis no corpo do animal.

 




 


 

 



 




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Segundo Pedro Teles, o processo de recuperação de Leôncio foi lento. Inicialmente, o animal precisou ficar em um espaço restrito, no próprio refúgio biológico, para evitar novos danos. Apenas nove meses após o atropelamento ele foi levado para uma área maior, onde foi feito um processo de adaptação à vida na natureza. O animal ficou em um recinto construído em uma propriedade rural da região, com área de mata preservada. O espaço possibilitava que o animal fosse monitorado, enquanto reconquistava os hábitos de vida no habitat próximo do natural. Agora, com a soltura, a onça continuará sendo monitorada com uma coleira de geolocalização, que possibilita aos especialistas acompanhar o comportamento do animal na natureza. De acordo com o monitoramento, desde que foi solto, Leôncio já caminhou ao menos 30 quilômetros, percorrendo uma área de cerca de 2.200 hectares. Também atuaram no processo de recuperação do animal profissionais do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) e do projeto Onças do Iguaçu. (Folhapress)

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