Divulgação/O TempoA Secretaria do Tesouro Nacional anunciou que as contas do governo federal registraram um déficit de R$ 35,073 bilhões em 2021. Este foi o valor que a União gastou a mais do que arrecadou ao longo do ano passado.
O resultado foi o melhor desde 2014, quando o prejuízo nas contas públicas foi de R$ 35,21 bilhões. Desde então, o rombo foi crescendo até 2016, teve uma leve queda de 2017 a 2019 e com a pandemia da covid-19, alcançou o pior resultado da história em 2020, um déficit de R$ 849,3 bilhões.
O ano passado teve, ao mesmo tempo, um aumento da receita e uma queda das despesas em comparação a 2020. O valor total arrecadado pelo governo federal foi 31,1% maior que no ano anterior. A alta foi puxada pela coleta de impostos devido à retomada da atividade econômica, como comércio, serviços e turismo, durante a pandemia.
As despesas caíram 17,1% em relação ao ano anterior. Este também foi o menor patamar desde 2014. Já os gastos extraordinários em decorrência do combate à covid-19 também tiveram queda acentuada: foram de R$ 109,3 bilhões, contra R$ 524 bi desembolsados em 2020.
‘Resultado extraordinário’
Ao apresentar os números, o ministro da Economia, Paulo Guedes, comemorou o resultado.
“O que temos agora é um resultado extraordinário de um déficit primário de 0,4% do PIB, R$ 35 bilhões apenas. [...] Houve muitas dúvidas, críticas, acusações de populismo fiscal, previsões completamente equivocadas”, disse.
Segundo o ministro, para o ano de 2022, os críticos vão errar as previsões ‘mais uma vez’.
Quem errou as previsões anteriores vai errar de novo este ano. Não vai ser novidade. Vão prever que o Brasil não vai crescer, mas eu estou vendo a taxa de investimentos indo para 19% [do PIB], em direção aos 20%, estou vendo o ritmo de investimentos do PPI [Programa de Parcerias de Investimentos] indo para R$ 1 trilhão.
O TEMPO agora está em Brasília. Acesse a capa especial da capital federal para acompanhar o noticiário dos Três Poderes.