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Sanção de Bolsonaro a projeto do PSOL é vista como aceno a entregadores

Parlamentares dizem que, com a medida, Bolsonaro tenta se aproximar de fatia eleitoral cortejada por Lula

Rastro101
Com informações do site O Tempo

08/01/2022 por Redação

Divulgação/O TempoDivulgação/O TempoA sanção ao projeto de lei que prevê algumas medidas de proteção para entregadores de aplicativos durante a pandemia por Jair Bolsonaro (PL) foi interpretada por parlamentares como tentativa de iniciar aproximação a uma fatia do eleitorado na qual Lula (PT), seu principal concorrente hoje, tem apostado há anos.

O presidente referendou o projeto de um deputado do PSOL, Ivan Valente (SP), relatado por um de seus principais críticos na CPI da Covid, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

Valente diz que boa parte da repercussão a respeito do projeto nos últimos dias concentrou-se em Bolsonaro, que então aparentemente teve ganho de popularidade junto à categoria dos entregadores e teve desgaste apenas pontual com apoiadores por ter aprovado o texto de um opositor.

Bolsonaro não quis bater de frente. Não quis barrar em nome de um veto ideológico, bater de frente com milhões de trabalhadores hiper-precarizados e que não têm exatamente uma definição ideológica ou programática. O veto até era possível, pensávamos, mas só daria mais projeção ao texto, afirma Valente.

O texto foi apresentado pelo deputado em abril de 2020.

A proposta sancionada prevê pagamento de ajuda financeira por 15 dias aos entregadores afastados com Covid-19 e a disponibilização obrigatória de máscaras e álcool em gel por parte das empresas.

Bolsonaro vetou, no entanto, possibilidade de as empresas fornecerem alimentação por meio do PAT (Programa de Alimentação ao Trabalhador).
Lula tem insistido em tratar do tema das condições precárias de trabalho dos entregadores. Segundo pesquisa do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), o Brasil conta com 1,4 milhão de trabalhadores de aplicativos.

O companheiro que está numa moto entregando pizza à 1h da manhã não é microempreendedor. Ele é quase um microescravo, disse, em 2020.

Os entregadores chegaram a fazer protesto no ano passado pedindo taxas mais justas para as empresas de aplicativos e ajuda com itens básicos de proteção durante a pandemia de coronavírus.

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