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'Tá morrendo criança que justifique algo emergencial?', questiona Bolsonaro

País já registrou o falecimento de mais de 300 crianças de 5 a 11 anos desde o início da pandemia

Rastro101
Com informações do site O Tempo

25/12/2021 por Redação

Divulgação/O TempoDivulgação/O TempoRepetindo o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, o presidente Jair Bolsonaro questionou, nesta sexta-feira (24), a necessidade da vacinação das crianças contra a Covid-19. A vacina da Pfizer para a doença já foi autorizada para a faixa etária dos 5 aos 11 anos pela Anvisa e especialistas na área, que inclusive foram consultados pela agência, destacam que, sim, a imunização é importante para proteger os pequenos.

Tá morrendo criança de 5 a 11 anos que justifique algo emergencial?, questionou Bolsonaro a jornalistas que foram convidados para um almoço no Palácio da Alvorada na véspera de Natal.

É o pai que decide em primeiro lugar. Eu não quero determinar nada para a saúde. Se tem um probelma na saúde, acontece, na história, vão me culpar, completou antes que os jornalistas respondessem sobre os dados de mortes de crianças.

De acordo com a Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19 (CTAI), vinculada ao Ministério da Saúde, entre o início da pandemia e meados de dezembro, 301 crianças na faixa etária dos 5 aos 11 anos já haviam morrido no país em razão da pandemia. Isso representa, em média, uma morte infantil a cada dois dias no país. 

Aos jornalistas, Bolsonaro também defendeu a consulta pública que está sendo realizada pelo Ministério da Saúde e afirmou que participou, respondendo às questões como cidadão. Ele afirmou que foi o ministro Marcelo Queiroga que decidiu por incluir a necessidade de receita médica para a imunização contra a Covid.

Ao ser questionado por uma jornalista presente se isso não prejudicaria os mais pobres, que não têm acesso a pediatras, ele foi sucinto: Você tem razão no tocante a isso daí. No entanto, continuou defendo o debate sobre a falta de necessidade da imunização das crianças.

Mais tarde, em uma entrevista coletiva depois da conversa na mesa, Bolsonaro indicou que também defende a necessidade de prescrição do imunizante. Eu não sou médico, tenho uma filha de 11 anos, mas já te respondi. Tenho um médico ao meu lado aqui, acho que qualquer procedimento tem que passar pelas mãos do médico, ok?!, afirmou.

Apesar dos questionamentos e de ter levantado dúvidas sobre efeitos colaterais da vacina, Bolsonaro afirma que não é contra o imunizante e que, se fosse, teria mandado o ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, suspender o estudo de vacinas nacionais. Segundo o presidente, são 15 projetos em desenvolvimento na área. Ele não detalhou esses projetos, porém.

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