Geral

Governador do Acre é alvo de buscas da Polícia Federal por suspeita de corrupção

Apartamento de Gladson Cameli sofreu busca e apreensão esquema de corrupção e lavagem de dinheiro teria movimentado R$ 800 milhões

Rastro101
Com informações do site O Tempo

16/12/2021 por Redação

Divulgação/O TempoDivulgação/O TempoO governador do Acre, Gladson Cameli, é um dos alvos da Operação Ptlomeu, deflagrada na manhã desta quinta-feira (16) pela Polícia Federal em conjunto com a Controladoria-Geral da União. Foram cumpridos 41 mandados de busca e apreensão e um apartamento do governador está entre os endereços. O objetivo é desarticular organização criminosa envolvendo ilícitos de corrupção e lavagem de dinheiro relacionados à cúpula do Governo do Estado do Acre.

Segundo nota da Polícia Federal, a investigação é autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça (STF) e identificou um grupo criminoso, controlado por empresários e agentes políticos ligados ao Poder Executivo estadual acreano, que atuavam no desvio de recursos públicos, bem como na realização de atos de ocultação da origem e destino dos valores subtraídos. O grupo teria movimentado mais de R$ 800 milhões.

A apuração fez com que o STJ determinasse o bloqueio de aproximadamente R$ 7 milhões nas contas dos investigados, além do sequestro de veículos de luxo comprados com dinheiro dos crimes.

Além da busca e apreensão, foi expedido um mandado de prisão. Além da capital Rio Branco e da cidade Cruzeiro do Sul, no Acre, a operação acontece em Manaus (AM) e Brasília (DF).

O STJ também decretou medidas cautelares que aos investigados que envolvem o afastamento da função pública, a proibição de acesso a órgãos públicos e o impedimento de contato entre os investigados.

Os elementos frutos da investigação, segundo a PF, comprovam o “aparelhamento da estrutura estatal, com a finalidade de promover diversos crimes contra a administração pública. Nesse sentido, foram identificadas dezenas de transações financeiras suspeitas em contas correntes, pagamentos de boletos de cartão de crédito por pessoas interpostas, transações com imóveis de alto valor e aquisições subfaturadas de veículos de luxo”.

“Verificou-se, ainda, a prática constante de altas movimentações de valores em espécie, inclusive com uso do aparato de segurança pública. A CGU apurou que as empresas envolvidas possuem um grande volume de contratos com o poder público”, diz a PF.

“O valor total empenhado para sete empresas foi de R$ 142 milhões durante o período analisado, sendo R$ 17 milhões oriundos de convênios federais e repasses do SUS e do FUNDEB. Ademais, foi possível constatar que os valores movimentados pelos envolvidos ultrapassam R$ 800 milhões, montante totalmente incompatível com o patrimônio e a atividade empresarial dos investigados”, finaliza a nota.

Gladson Cameli ainda não se manifestou sobre a Operação Ptlomeu.

O TEMPO agora está em Brasília. Acesse a capa especial da capital federal para acompanhar o noticiário dos Três Poderes.

Link curto:

TÓPICOS:
Operação Ptlomeu

COMPARTILHAR

PUBLICIDADE

MAIS NOTÍCIAS DO RASTRO101
menu