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Ilustradora eunapolitana ganha Prêmio Jabuti, o mais importante da literatura brasileira

Mariamma Fonseca ilustrou o livro ‘Amigas que se encontraram na história’, vencedor da categoria Juvenil

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Radar64
02/12/2021 por RADAR64

Divulgação/Radar64Divulgação/Radar64

A eunapolitana Mariamma Fonseca, conhecida como Amma, foi uma das vencedoras do 63º Prêmio Jabuti, a mais importante premiação literária do país, promovida pela Câmara Brasileira do Livro (CBL). Os ganhadores foram anunciados no dia 25 de novembro. Amma é uma das autoras, juntamente com Angélica Kalil, do livro “Amigas que se encontraram na história”, da Quintal Edições, 1º colocado na categoria Juvenil. Angélica escreveu o texto e Amma fez as ilustrações da obra.


GIBITECA – Amma, de 34 anos, nasceu em Eunápolis e aos 17 anos se mudou para Belo Horizonte (MG). Formada em Jornalismo e Artes Visuais, desde 2017 trabalha como ilustradora free lancer. A família dela continua morando em Eunápolis, onde mantém o Espaço Cultural Viola de Bolso, que conta com uma biblioteca comunitária. Nesse local, Amma coordena uma gibiteca, que é um ambiente de leitura de histórias em quadrinho.


PARCERIA DE SUCESSO – A ilustradora destaca que o livro “Amigas que se encontraram na história” é de autoria conjunta com Angélica Kalil, uma parceria que já existe há mais tempo e já rendeu outras obras: “Você é feminista e não sabe”, voltado para o público adulto, e o infanto-juvenil “Bertha Lutz e a Carta da ONU”, a primeira história em quadrinhas criada pela dupla e que já está em pré-venda pela Editora Veneta.


Ela adianta também, em entrevista ao RADAR 64, que já está sendo produzida a continuação do livro que venceu o Prêmio Jabuti.


LIVRO ILUSTRADO – Amma destaca que texto e ilustração integram um processo único na autoria de um livro. “Um livro que contém ilustração não necessariamente é um livro ilustrado. O livro ilustrado atende todos os públicos, pode ser lido por todos, e carrega esse entrosamento entre texto e imagem”, explica.


Livro “Amigas que se encontraram na história” é de autoria conjunta com Angélica Kalil

As técnicas utilizadas para as ilustrações variam conforme o trabalho. Para o livro vencedor do Jabuti, por exemplo, ela fez mais de 60 ilustrações pintadas a mão, utilizando uma técnica mista de guache, tinta acrílica e lápis de cor. “Gosto muito de misturar as técnicas”, afirma.


Já nos livros “Você é feminista e não sabe” e “Bertha Lutz e a Carta da ONU”, foi utilizada a ilustração digital.


MERCADO EM EXPANSÃO – O fato de o livro infantil “Sagatrissuinorana”, de João Luiz Guimarães e Nelson Cruz, que fala sobre as vítimas de Mariana e Brumadinho, ter sido escolhido o Livro do Ano do Prêmio Jabuti mostra que esse tipo de obra está conquistando seu lugar no mercado literário brasileiro. “Esse tipo de produção, que no exterior já faz sucesso há muito tempo, vem ganhando força no Brasil. O livro para criança ainda tem um certo preconceito, como se a qualidade literária fosse menor quando tem pouco texto e muita imagem. Mas hoje há livros muito legais que trazem muito valor literário”, observa Amma, acrescentando que a produção feminina e feminista também tem seu lugar no mercado.


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