Economia

Biofábrica retoma produção de mudas de bananeira ecacaueiro

A expectativa é que em dezembro deste ano sejam disponibilizadas para os agricultores cerca de 600 mil mudas de banana das variedades prata e terra

Por Mariana Ferreira
mariana.ferreira@biofabrica.org.br

16/08/2016 por Redação, atualizado em 16/08/2016 às 14h51 por Redação

Banana - Foto Antônio CarlosBanana - Foto Antônio Carlos

As produções de mudas de bananeira e cacaueiro foram retomadas pelo Instituto Biofábrica de Cacau (IBC), vinculado ao Governo do Estado da Bahia, por meio da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura do Estado (Seagri) e da Secretaria do Desenvolvimento Rural. A expectativa é que em dezembro deste ano sejam disponibilizadas para os agricultores cerca de 600 mil mudas de banana das variedades prata e terra. “Em parceria com a biofábrica, vamos produzir, multiplicar e distribuir aos agricultores materiais genéticos de alta produtividade e alto valor agronômico, associado à produção de mudas selecionadas de frutíferas tropicais compatíveis com os diversos ecossistemas da Bahia”, disse o secretário estadual, Vitor Bonfim.

Experimento do cacau - Foto Antônio CarlosExperimento do cacau - Foto Antônio Carlos

Também foram reiniciados os experimentos com genótipos de cacau, que visam testar em escala comercial a propagação por enraizamento de mini estaca, técnica que promove incrementos na produção de mudas, uma vez que se pode coletar significativa quantidade de mini estaca por planta. Em paralelo, está sendo realizado um experimento com cacau por estudantes de mestrado da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), com colaboração da Biofábrica, no intuito de gerar ciência e tecnologia para essa produção.

Experimento do cacau - Foto Antônio CarlosExperimento do cacau - Foto Antônio Carlos

O cultivo das mudas de bananeira é feito por micropropagação vegetativa no laboratório do IBC, com a fabricação de mudas indexadas, sem patógenos (microrganismos que causam doenças em outros organismos), com garantia de origem, de qualidade e sanidade, com foco na prevenção da Sigatoka-negra, uma das principais doenças da bananeira. As atividades ocorrem no parque fabril do instituto, localizado no povoado Banco do Pedro, em Ilhéus, no Sul da Bahia. “Com essa medida, a cadeia produtiva da banana já pode ter um alento quanto à retomada da produção desse material, associado às ações de prevenção empreendidas pela Seagri, através da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab)”, explica o diretor-geral da Biofábrica, Lanns Almeida.

Micropropagação da banana - Foto Antônio CarlosMicropropagação da banana - Foto Antônio Carlos

De acordo com o diretor, estão em fase de elaboração os programas de Qualidade e Sustentabilidade que serão implementados com a parceria de instituições como a Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), Universidade Federal da Bahia (Ufba), Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) e Instituto Federal da Bahia (Ifba). “Fazem parte do cronograma o projeto de economia energética e hídrica; a implantação do Plano de Prevenção de Riscos Ambientais, do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional; do projeto de controle dos aspectos de produção, além do projeto de controle de pós-entrega das mudas, semelhante a um ‘pós-venda’ comercial, por meio de assistência técnica rural”, informou.

O instituto

O IBC possui em sua estrutura 20 viveiros de produção credenciados, um laboratório de micropropagação vegetal e um banco de dados e conhecimentos em protocolos técnicos e científicos certificados por instituições como a Comissão Executiva de Planejamento da Lavoura Cacaueira (Ceplac), a Uesc, a Adab e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Recentemente, foi iniciado projeto de extensão próprio da Biofábrica, que está em execução junto à comunidade rural e assentamentos vizinhos ao povoado Banco do Pedro.

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