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Cesol estuda implantar moeda social no Litoral Sul

Moeda terá como modelo a experiência de Sevilha, na Espanha

Por Mariana Ferreira
23/02/2016 por Redação, atualizado em 23/02/2016 às 21h10 por Redação

Consultor em gestão Roberis Silva. (Divulgação)Consultor em gestão Roberis Silva. (Divulgação)

O Centro Público de Economia Solidária (Cesol) do Litoral Sul da Bahia está estudando implantar uma moeda social no
território, a começar pelo município de Itabuna. Moeda social consiste em uma alternativa ao escambo na economia solidária,com o propósito de incentivar o mercado de trabalho.

A operacionalização da circulação da moeda será feita pela Cooperativa Central de Comercialização da Economia Solidária e Agricultura Familiar (Coopersol Sul Bahia), e será realizada por meio do Sistema de Intercâmbio Comunitário. Segundo o consultor de gestão Roberis Silva, o modelo a ser aplicado se espelha na experiência feita em Sevilha, na Espanha, que desde 2012 conta com a moeda social Puma. No país, circulam mais de 30 moedas sociais.

“Existem experiências de moedas sociais em muitos lugares, como nos Estados Unidos, na França, em Portugal, no Brasil – em Fortaleza, e na Espanha, que tem a melhor proposta de modelo, por ser simples, transparente e seguro”, explica o consultor. O nome e o valor da moeda em Real serão definidos pela Coopersol Sul Bahia.

“Tal qual a moeda Puma, a moeda do Litoral Sul deverá circular primeiramente apenas em eventos da economia solidária, como as feiras, utilizadas por usuários previamente cadastrados no Sistema de Intercâmbio Comunitário”, informa o coordenador-geral do Cesol Litoral Sul, Dayvid Santos. Com a estabilização da moeda, poderá ser Coordenador-geral do Cesol Litoral Sul, Dayvid Santos. (Divulgação)Coordenador-geral do Cesol Litoral Sul, Dayvid Santos. (Divulgação)utilizada nas lojas das associações e no Espaço Solidário. Os usuários contarão com um sistema físico de cartilhas onde constará o valor das transações de bens e serviços.

As moedas sociais passaram a ter força comercial no mundo a partir de 2008, por conta da crise que atingiu vários países naquele ano. Foi uma forma que esses locais encontraram de continuar transformando a habilidade dos trabalhadores em capital. Hoje, alguns modelos mais avançados disponibilizam cartão de crédito e aplicativo.

“A ideia parte do pressuposto de que todos são úteis e têm capacidade de fazer algo com sua habilidade para ganhar dinheiro, transformar seu saber em capital. A moeda social vai ganhando mais musculatura com o tempo, operações maiores, mais pessoas e produtos participando”, diz Roberis Silva.

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