(Foto ilustrativa)Reivindicando melhores salários e insatisfeitos com as condições de trabalho, os policiais civis da Bahia resolveram suspender suas atividades, nesta quarta-feira (20, em todo o estado da Bahia. A mobilização da categoria é de 72h e será realizada uma assembleia nesta quarta-feira, para avaliar uma nova paralisação nos dias 1º, 2 e 3 de fevereiro, quando acontecem as festas de Iemanjá e o primeiro dia do carnaval em Salvador.
O presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado da Bahia (Sindipoc), Marcos Maurício, revela que os trabalhadores pretendem entregar, simbolicamente, as armas e a careira funcional. “É uma forma simbólica, não é a entrega de fato. É para dizer ao governo que esse modelo de polícia não funciona nunca. São problemas diversos, vai da estrutura física até o modelo de investigação equivocado da polícia”, justifica.
Em cumprimento da lei de greve os policias civis mantem nas delegacias 30% do efetivo, em atendimento para idosos e crianças, prisão em flagrante e levantamento cadavérico.
Entre as reivindicações dos trabalhadores está a reestruturação salarial com igualdade entre os cargos, baseada na atividade de investigação criminal. “Todos nós policiais civis fazemos parte da investigação e hoje a briga interna é para dizer que só um cargo faz a investigação. No mundo inteiro, todo cargo é multidisciplinar, aqui seria só um”, desabafa o presidente do Sindipoc.