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Empresa perde contrato e funcionários da Pires Pires podem ficar sem emprego

Veracel garante manutenção de postos de trabalho e diz que preferência pelos trabalhadores desmobilizados será item específico para o edital para contratação

Redação Rastro101
20/11/2015 por Redação, atualizado em 21/11/2015 às 18h09 por Redação

Representantes da Veracel ouviram as reivindicações dos trabalhadores a Pires Pires. (Foto: Rastro101)Representantes da Veracel ouviram as reivindicações dos trabalhadores a Pires Pires. (Foto: Rastro101)

Funcionários da Pires Pires Construtora Ltda, empresa de terraplanagem que presta serviços para a Veracel Celulose, realizaram uma manifestação e fecharam a rodovia por várias horas na manhã desta sexta-feira (20), nas intermediações do trevo que liga a BR-101 com a fábrica da Veracel. Em nome da empresa,
os funcionários da Pires Pires cobraram uma posição da Veracel, que rompeu contrato com a empresa prestadora de serviços. Com o rompimento, a Pires Pires será obrigada a demitir os cerca de 180 funcionários.

Em resposta às reivindicações feitas pelos trabalhadores, a Veracel Celulose enviou três representantes até a sede da Pires Pires instalada no município de Itagimirim, para conversar diretamente com os funcionários da terceirizada que seriam prejudicados. A reunião aconteceu cerca de 3 horas após o fim da liberação da rodovia, mas antes a empresa já havia enviado nota à imprensa, informando que os postos de trabalho estão mantidos e a preferência pelos trabalhadores desmobilizados será item específico para o edital de concorrência para contratação do novo fornecedor.

Trabalhadores fecharam a rodovia por várias horas. (Foto: Internauta/Via Whatsapp)Trabalhadores fecharam a rodovia por várias horas. (Foto: Internauta/Via Whatsapp)

Durante a reunião com os funcionários da Pires Pires, o gerente de sustentabilidade da Veracel, Renato Carneiro, o assessor de relações com a comunidade, Pedro Cardoso e gerente de suprimentos de madeira, Fabiano Stein, ouviram atentamente as reivindicações dos trabalhadores, que pediam veemente para que a direção da Veracel reavaliasse a quebra do contrato feita com a Pires Pires, em nome dos 180 trabalhadores que ficariam desempregados na região. "Pedimos que a direção da Veracel pense em todas os pais e mães de família que irão passar o natal desempregados", destacou uma funcionária que mora em Santa Maria Eterna.

Para o gerente de sustentabilidade da Veracel, Renato Carneiro, é justa a reivindicação que os trabalhadores estão fazendo, e afirmou que vai levar a situação até a direção da empresa. (Foto: Rastro101)Para o gerente de sustentabilidade da Veracel, Renato Carneiro, é justa a reivindicação que os trabalhadores estão fazendo, e afirmou que vai levar a situação até a direção da empresa. (Foto: Rastro101)Renato Carneiro afirmou que é justa a reivindicação que os trabalhadores estão fazendo, mas deixou claro que a relação de contrato da Veracel Celulose era com a Pires Pires, e não com seus funcionários. Carneiro afirmou ainda que o que ocorre no momento é apenas uma "transição", e não uma ruptura nos serviços necessários à manutenção das estradas. Segundo Carneiro, a Pires Pires deixou de cumprir diversos requisitos contratuais, principalmente nos padrões de segurança adotados e cobrados pela Veracel, e por conta disso ocorreu a quebra do contrato.

Mesmo com a garantia de que os postos de trabalho continuariam sendo instalados nos mesmos locais, e que os antigos funcionários seriam avaliados de forma preferencial pela empresa que ganhasse a concorrência para fornecer serviços para a Veracel, os trabalhadores querem uma garantia de que vão ter o emprego assegurado, e já marcaram uma nova reunião na sede da empresa em Itagimirim, na próxima terça-feira (24), para tentarem receber uma resposta favorável para eles, por parte da Veracel.

Um dos motivos da quebra do contrato pode ter sido o acidente fatal ocorrido com um dos funcionários da empresa. (Foto: Rastro101)Um dos motivos da quebra do contrato pode ter sido o acidente fatal ocorrido com um dos funcionários da empresa. (Foto: Rastro101)

Leia na íntegra a resposta da Veracel enviada à imprensa


Ontem (19/11), a Veracel Celulose rompeu contrato com a empresa Pires e Pires por não cumprimento de requisitos legais e procedimentos dos padrões normativos adotados pela empresa. Os postos de trabalho estão mantidos e a preferência pelos trabalhadores desmobilizados será item específico para o edital de concorrência para contratação do novo fornecedor.

A manifestação dos trabalhadores retrata a preocupação com a manutenção do emprego e é legítima. A empresa está ciente e mobilizada para a questão.

O compromisso da Veracel com a sociedade é a convicção que a proteção do trabalhador depende do pleno resguardo das normas de segurança nas suas operações. A vida e a saúde dos trabalhadores está em primeira perspectiva. É valor agregado ao seu produto.

Dentro deste princípio, o rompimento o contrato de prestação de serviços com a empresa Pires & Pires LTDA foi uma decisão coerente com o processo integrado de monitoramento e orientação para o cumprimento das normas e regras básicas de Segurança no Trabalho.

A gestão da Segurança na Veracel é feita por meio de adoção de padrões normativos internacionais, discutida em comitês integrados com a empresas parceiras permanentes, com agenda anual de eventos e campanhas de comunicação, monitoramento de metas, além de auditorias internas e externa. Antes de uma decisão de suspensão imediata das atividades, houve um processo de avaliação criteriosa e transparente com devidas tentativas de realinhamento.


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