Cidadania

Empresário cria 'Banho Solidário' na cidade de Vitória da Conquista

"Eles se sentem aconchegados com esse 'abraço' que a gente dá", conta ele

Redação com informações do site G1
28/09/2015 por Redação, atualizado em 28/09/2015 às 21h08 por Redação

(Foto arquivo pessoal)(Foto arquivo pessoal)

Um ato de solidariedade para levar um pouco de dignidade para os menos favorecidos. Assim pode resumir a iniciativa do empresário Cláudio Lacerda, de Vitória da Conquista, que criou o "Banho Solidário". “O banho, além de deixar a pessoa limpa, dá a conversa. Eles se sentem aconchegados com esse 'abraço' que a gente dá com o banho”, descreve. Cláudio é dono de uma loja de energia solar.

Funciona assim, uma vez por semana, ele sai da sua residência e estaciona o veículo, levado por uma caminhonete, na região central da cidade. A estrutura foi criada com recursos próprios, com custos que ele prefere não revelar. “[O veículo] foi feito exclusivamente para isso. Temos um banheiro masculino e outro feminino. A água, que vai em uma caminhonete, é de poço artesiano, não é da Embasa, é sustentável. O descarte é feito igual à água de chuva e vai para o esgoto. É um banho de hotel, com água pressurizada. É um jato gostoso. Além do banho, tem shampoo, fica com cheiro agradável”, explica.

Cláudio revela que algumas vezes dá orientações para quem pede ajuda. “Ensinamos noção de higiene, de como lavar. Eles precisam de conversa. Eu mesmo fico, um dia foi uma psicóloga, já foi um diretor de uma grande imobiliária, em outro uma pessoa que trabalha em instituição para atendimento a dependentes químicos. São pessoas que se sensibilizam e nos acompanham”, conta. Durante o "Banho Solidário", os atendidos já pediram ajuda para se informar sobre alguma instituição que cuida da recuperação de dependentes químicos e como fazer para recuperar documentos perdidos.

O empresário não aceita dinheiro, mas convoca voluntários que possam abraçar a campanha e que possam doar atenção para quem precisa.

“O legal é gente para ter essa conversa. Não adianta só querer e não agir. O carro está dando conta. Dinheiro a gente não aceita. A gente aceita a companhia, ou um material, toalha, shampoo. Por incrível que pareça, dinheiro é o mais fácil. A disponibilidade que é mais difícil. Em duas horas e meia, a gente dá banho em 20 pessoas”, afirma.

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