Economia

Animais são apreendidos em áreas de preservação ambiental do extremo sul baiano

Só este ano já foram retirados 4.583 animais destas áreas de preservação ambiental por meio da operação capitaneada pelo Ministério Público da Bahia

ADAB, com informações de Gil Rocha
17/11/2014 por Redação, atualizado em 17/11/2014 às 19h34 por Redação

A criação de bovídeos em Áreas de Preservação Permanente (APP) e de Reserva Legal (RL) continua sendo realizada no extremo sul da Bahia. Mesmo após diversas ações de notificação, apreensão e também de conscientização juntos aos criadores, no dia 11 desse mês em Eunápolis, foram apreendidos 39 animais, sendo 30 bovinos, 5 equinos e 4 muares, que infringiam as leis ambientais e de defesa agropecuária.

Só este ano já foram retirados 4.583 animais destas áreas de preservação ambiental por meio da operação capitaneada pelo Ministério Público da Bahia, em parceria com a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), vinculada à Secretaria de Agricultura, e a Companhia Independente de Polícia Ambiental (Cippa), e com o apoio da empresa de celulose da região.

De acordo com o diretor de Defesa Sanitária Animal da ADAB, Rui Leal, os criadores que tiveram seus rebanhos apreendidos são reincidentes nas infrações e os animais estão à disposição do Ministério Público da Comarca de Eunápolis para serem adotadas as devidas providências. Considera-se crime contra a saúde pública diante da possibilidade de abate clandestino, a defesa sanitária ao considerar os riscos de introdução de enfermidades, e o meio ambiente, partindo da necessidade de recuperação da vegetação nativa da Mata Atlântica.

Novas ações serão realizadas na Coordenadoria de Teixeira de Freitas, coibindo a atividade irregular, já que os criadores estão criando seus animais sem o controle sanitário regular e muitos sem cadastro na ADAB. “É uma porta aberta para a entrada de enfermidades com grande importância econômica, a exemplo da Febre Aftosa e Brucelose”, ressaltou a coordenadora regional Millena Cerqueira, ao ressaltar que todos foram alertados e, caso fossem reincidentes, estariam sujeitos ao encaminhamento dos animais ao abate sanitário previsto na Lei.

A ADAB vai dar continuidade às ações, principalmente em novembro, diante da segunda etapa de vacinação contra a febre Aftosa na Bahia realizada durante todo o mês.

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