Rielson em sua comemoração de 51 anos no mês passado. (Arquivo/Rastro101)É da maior importância que a polícia chegue imediatamente aos autores – mandante e executores – do brutal assassinato do prefeito de Itagimirim, Rielson Lima (PMDB), 51 anos, ocorrido na noite de terça-feira, 29 de julho. É mais um crime emblemático para a região extremo sul da Bahia, marcada pela pistolagem, que ocorre em pleno período eleitoral, com um prefeito correligionário da oposição, em uma cidade pequena de apenas pouco mais de 7 mil habitantes. Mesmo que o caso não tenha ligações com a disputa eleitoral, é preciso registrar que os criminosos foram ousados em matar uma autoridade municipal em plena eleição.
Caso seja verdade, é precipitada a declaração dada pela Polícia ao blog Bahia Notícias, de Salvador, afirmando que o crime pode ter relação com dívidas acumuladas pelo ex-prefeito. A lista de políticos enrolados com dívidas pessoais e institucionais na região é longa e seria preciso abrir um cemitério exclusivo só para eles caso os credores usassem o crime de mando como forma de cobrança. Portanto, todas as linhas de investigação devem ser levadas em conta pela Polícia.
O autor dos tiros contra o prefeito repetiu o modo operacional das execuções que ocorrem rotineiramente nas cidades da região, usando uma motocicleta para fugir. Agiu com frieza e quase certeza da impunidade. Praticamente, 90% dos homicídios no extremo sul baiano não são solucionados (é a média do país), ainda mais crimes de mando. E ainda há a morosidade da Justiça, mesmo quando a Polícia chega aos autores e mandantes.